quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Risoto de figo com alecrim e nozes





Ingredients


6 to 8 cups vegetable broth
1/2 cup walnut pieces
3 tablespoons unsalted butter (or soy margarine or olive oil)
1 teaspoon chopped fresh rosemary
1/4 cup minced shallots
1 1/2 cups risotto rice (Arborio, Carnaroli or Vialone Nano)
1/2 cup dry white wine
1 pound ripe green figs (Calimyrna, Kadota or Adriatic), rinsed, stems removed, and cut into 1/2-inch cubes
1/2 cup coarsely slivered Parmigiano-Reggiano cheese

Directions


Bring the broth to a simmer in a medium saucepan. Maintain at a simmer.

Meanwhile, sprinkle the walnuts in a small skillet and toast over medium-low heat until golden, about 4 minutes.

Add 1 tablespoon of the butter or oil and the rosemary. Stir until the butter is melted and the nuts are well coated. Set aside.

Add the remaining butter or oil to a large saute pan and heat to medium-low. Add the shallots and saute until tender, about 5 minutes.

Add the rice and stir until coated, about 2 minutes.

Add the wine and cook, stirring constantly, over medium-high heat until all liquid is absorbed.

Add 1/2 cup of the warm broth. Cook, stirring constantly, over medium heat until almost all the broth is absorbed. Add the remaining broth 1/2 cup at a time, stirring constantly, until the risotto is creamy and the rice is plump and tender with a slight resistance to the bite, about 20 to 25 minutes. Halfway through the cooking add half of the diced figs.

When the risotto is finished, add the remaining figs, half the walnut and butter mixture and half the cheese (if using). Stir to blend. Salt to taste. Remove from heat and let stand for several minutes before serving.

Yield: 4 (1-cup) servings

___________________________________________________________________

Agora a tradução...


Ingredientes

Fundo de vegetais (6 as 8 xíc.)
Nozes (1/2 xíc.) – picar grosseiramente
Manteiga integral sem sal (3 col. sopa)
Alecrim fresco (1 col. chá)
Echalote (1/4 xíc.) – picar. Pode substituir por cebola pérola
Arroz arbóreo (1 ½ xíc.)
Vinho branco seco (1/2 xíc.)
Figo (400g) – lavar, remover os cabinhos e sortar em cubos de 2cm
Parmigiano Reggiano (1/2 xíc.) – retirar lascas com um descascador de legumes


Modo de fazer


1 – Leve o fundo ao fogo baixo e deixe-o em ponto de simmer

2 – Enquanto isso, leve as nozes ao fogo numa outra panela e toste-as até adquirirem um nota defumada

3 – Adicione às nozes 1 col. sopa da manteiga e o alecrim picado. Mexa até que a manteiga derreta e cubra as nozes por igual. Reserve

4 – Adicione a manteiga restante na mesma panela onde você tostou as nozes. Deixe aquecer e adicione as echalotes picadas. Sauteie por cerca de 5 minutos

5 – O próximo passo é adicionar o arroz e mexer rapidamente até que fique todo coberto pela gordura. Mais 2 minutos

6 – Adicione o vinho e deixe o álcool evaporar

7 – Adicione 1 concha do fundo aquecido. Mexa constantemente, mantendo o fogo médio até que todo o fundo seja absorvido. Vá adicionando mais fundo, 1 concha por vez, até que o arroz esteja cozido e al dente. O processo todo leva em torno de 20 a 25 minutos. Lembre-se de adicionar metade dos figos picados quando estiver nesse intervalo.

8 – Quando o risoto estiver pronto, adicione os figos restantes, metade das nozes com manteiga e metade do queijo. Misture e salgue se necessário. Remova do fogo e deixe descansar por alguns minutos.


Rendimento: 4 porções (1 xíc. cada)

Ovos moles de Aveiro







Queridos leitores,


Esta receita portuguesa é usada por várias doçerias em recheio de bolo. Há variações e vou atualizá-las neste mesmo post sempre que possível. Pelo teor dos ingredientes - e por teor, obviamente, me refiro às 20 gemas -, escolhi esta receita por cremosidade. A União tem uma bem antiguinha, que leva farinha de arroz para espessar. Lembre-se sempre de remover a película das gemas, aromatizar apenas no fim da preparação, para que seu extrato ou essência não evapore. Fique à vontade caso queira adicionar aniz estrela, cravo em pau, cardomomo, água de rosas, de laranjeira, zest de limão, suco de laranja (que pode ser que talhe, ok?). Com as 20 claras, faça um pudim ou ilha de claras em creme inglês!


Ingredientes

Água (250ml)
Açúcar (500g)
Gemas (20)

Modo de fazer

1 - Vamos levar a água e o açúcar numa panela e mexer bem para desfazer todos os grumos. Então, levar a fogo médio e não voltar a mexer

2 - Nossa calda deve atingir o ponto de fio, em 114ºC, e então deve esfriar

3 - Retire a película das gemas ou passe-as por uma peneira. Bata-as com um fouet ou na sua batedeira até que aumentem de volume

4 - O próximo passo é adicionar as gemas batidas na calda de açúcar e levar novamente ao fogo. Lembre-se de mexer sempre até que levante fervura.
5 - Retire do fogo e cubra com um PVC de contato. Faça um banho maria de gelo com água e, logo após, monte os ovos moles em tacinhas ou use como recheio de bolo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Raviolis de frango com limão siciliano e molho alfredo





Fiz esse ravioli com o molho alfredo, utilizando a fôrma da raviolamp. Aviso, está quase impossível de achá-la. Fora o Mercado Livre e a Amazon, a Aleisso no RJ parece ser o único revendedor...e lá infelizmente os telefones não funcionam.


Ingredientes

Recheio

Peito de frango (1)
Cream cheese (1 pacote)
Pimenta síria (Q.B.)

Massa

Semolina (120g)
Farinha de trigo (280g) – reserve sempre um pouco a mais
Ovos (4)
Limão siciliano (2) – usar o zest
Azeite extra virgem (1 colher)
Sal e ppg (Q.B.)


Modo de fazer


1 – Misture a farinha de trigo com a semolina e o sal. Faça um buraco

2 – Num bowl, coloque os ovos e bata-os ligeiramente sem que incorporem ar. Adicione as raspas de limão e o azeite

3 – Despeje esta mistura ao centro das farinhas e vá aos poucos aglutinando os ingredientes com um garfo

4 – Assim que chegar a um ponto mais difícil de mexer, use as mãos e continue incorporando

5 – Lembre-se de não usar os restos de massa que ficarem no meio da farinha. São mais difíceis de incorporar depois que a massa muda de ponto

6 – Agora sove sua massa, adicionando a farinha reservada até que a massa solte aos dedos

7 – Passe um papel filme e deixe o glúten descansar por cerca de 1h. Coloque água para ferver com sal e azeite

8 – Enquanto isso, vamos fazer o recheio: rasgue seu frango e leve-o ao processador ou um liquidificador de maior potência. Vá pulsando até o frango se tornar semelhante a um patê. Reserve

9 – Adicione o cream cheese, a pimenta síria e salgue, se necessário

10 – Após 1h de descanso, sua massa poderá ser dividida em até 8 partes. Ajeite-as com os dedos em forma de quadrado ou com uso de um rolo e comece passando em sua Marcatto no rolete 1

11 – Vá afinando conforme sentir segurança e evite puxar. Enfarinha sempre que necessário

12 – A partir de agora você pode tanto usar um cortador, quanto uma xícara ou, no meu caso, uma raviolamp: uma fôrma de raviólis muito prática que solta os quadradinhos de 10 em 10. Neste caso, lembre-se de untá-la com um pouco de óleo

13 – Essa massa já tem o recheio cozido. Portanto, ela não vai demorar a cozinhar, algo em torno de 5 a 7min no máximo

14 – Vá colocando os raviólis num refratário de vidro junto do molho que você escolheu. Eu fiz este prato com o molho Alfredo e levei ao forno para gratinar

15 – Como se trata de um molho mais untuoso e rico em gordura, recomendo um vinho branco seco e ácido como Souvignon Blanc.


Enjoy!

Licor de chocolate branco





Acabei de fazer licor de chocolate branco. A receita é fácil, de bom rendimento e não necessita pegar gosto tanto quanto o Limoncello, que também fiz. Não gostei da versão original desta receita; aguada, forte e o chocolate não se pronunciava. Então, acresci à receita 100g a mais de chocolate e água, o que deixou o licor mais 'licoroso', adocicado e com a vodca mais suave. Afinal de contas, trata-se de um licor adocicado e com seu teor de gordura, e não de uma bebida alcóolica ou coquetel. Você, querido(a) leitor(a), sinta-se à vontade se quiser aumentar o teor de alcool em seu licor...só não combine excessos com volante, ok?


Ingredientes

Chocolate branco (250g)
Água (1 xíc.)
Vodca (300ml) - a receita original pedia cachaça
Extrato de baunilha (1 col. café) - ou essência
Creme de leite fresco (50ml) - ou UHT

Utensílios: garrafa


Modo de fazer


1 – Pique o chocolate e o leve ao microondas para derreter com a água

2 – Num liquidificador, despeje o chocolate branco utilizando uma peneira para evitar resíduos em seu licor

3 – Acrescente a vodca, a baunilha e o creme de leite

4 – Bata na velocidade mais baixa por cerca de 15 segundos

5 – Coloque em garrafas esterilizadas e conserve na geladeira


Espero que gostem...Abração!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Molho Alfredo






Fiz este molho neste final de semana para regar um provocante ravioli de limão siciliano com recheio de frango. A receita básica - logo abaixo desta matéria - me lembrou um molho mãe. Então, sintam-se à vontade caso queiram adicionar gotinhas de limão, raspinhas, mostarda, tomates, embutidos, ervas, ovos, queijos...o mundo é seu!

O molho Alfredo tem seu nome por conta do Fetuccine Alfredo, criado pelo próprio Alfredo di Lelio em seu restaurante Alfredo Allá Scrofa em Roma.



Segundo reza a lenda, Alfredo criou o prato em 1914, como uma variação da receita italiana original ‘pasta al burro’. Época em que os chatíssimos índices de gordura e colesterol ainda eram uma ficção ante o fervoroso mercado de embutidos dos anos 80; então, os cozinheiros ainda se davam ao luxo de adicionar manteiga não só na preparação deste molho, como na finalização e apresentação, o que se chama ‘doppio burro’ ou ‘triplo burro’.

A versão tripla, Alfredo serviu para a esposa que não conseguia manter a comida no estômago durante a gravidez. Assim que a esposa experimentou, melhorou e passou a comer normalmente. Foi a deixa para adicionar o prato no menu do restaurante.

Como era de se imaginar, a receita só foi se popularizar entre os turistas americanos. Assim dizem alguns dos fregueses, que o restaurante de Lelio se tornou famoso quando Mary Pickford e Douglas Fairbanks pararam em seu estabelecimento durante a lua de mel e lá se apaixonaram pelo prato em 1927. Para expressar sua gratidão, o casal presenteou o restauranteur com um garfo e uma colher de ouro, assim como uma foto deles comendo no restaurante.


Orgulhoso, o dono pendurou a foto na parede. Mas foi somente quando os atores retornaram para Hollywood que eles puderam servir o prato para seus amigos, tornando-o aclamado.Assim que, com o passar dos anos, a receita, de boca em boca, se tornou ambivalente, tanto americana quanto italiana.



O nome Fetuccine Alfredo é desconhecido na Italia, onde só se tem notícia da pasta al burro. Na versão italiana, a manteiga é usada em menor quantidade que na versão americana; o creme de leite também é raramente usado.

Alfredo di Lelio se aposentou em 1938, quando vendeu seu restaurante, fotos e tudo o mais para o avô de Mario Mozzeti. O estabelecimento menteve seu nome e menu, mas até hoje ele é conduzido por Mario Mozzetti.

Em 1959, durante uma celebração religiosa em Roma, alguns empresários locais foram em busca de Alfredo para lhe oferecer construir um novo restaurante. Embora aposentado, Alfredo concordou em atuar como um verdadeiro saudador de sua comida. Durante a celebração, muitos dos antigos clientes de Alfredo reapareceram e foram fotografados, tudo o que foi enviado ao novo restaurante.

A expansão do negócio continuou e em 1977 Alfredo II e Guido Bellanca abriram uma nova filial no Rockeffeler Center em Nova York. Outro Alfredo foi aberto no Epcot na Walt Disney de Lake Buena Vista, mas fechou em 2007.

Algumas variações da receita são a utilização de roux, amidos ou queijos mais baratos. Nos EUA, o molho é vendido em casas de produtos alimentícios em sua versão industrializada espessada não com queijo mas amido.

De acordo com minhas pesquisas, esta receita é mais americana do que italiana. Ainda assim, muito saborosa.



Ingredientes

Creme de leite fresco (100ml)
Manteiga integral sem sal (100g)
Queijo parmesão (100g)


Modo de fazer


1 - Vamos levar a manteiga ao fogo numa panelinha e derretê-la, tomando cuidado de usar fogo baixo e afastar a gordura quando notarmos a separação dos laticínios

2 - Inclua o creme de leite e mexa bem, deixando ferver

3 - Finalize com o queijo ralado. Deixe apurar um pouco mais e corrija o sal, se necessário. Lembre-se que o queijo já é salgado.


A finalização fica muito melhor se gratinado, ok?

Mostarda di Cremona







Ao contrário do que muitos pensam, a palavra 'mostarda' nem sempre se refere à famosa Heinz americanizada e condimentada que tanto adoramos em nossos hambúrgueres. Muito mais antiga e artesanal, a Mostarda di Cremona é uma espécie de conserva de frutas imersa em xarope de água e açúcar com mostarda em pó ou óleo essencial.

Mas se isso te causou estranhamento, saiba que o termo ‘mostarda’, antigamente se referia a um molho ou condimento ao mesmo tempo doce e picante; digo mais, que talvez tenha sua origem na uva. Isso porque originalmente ela era feita com mosto de uva ao invés do xarope. O ‘mosto ardente’, produto da colheita de uvas no outono, dessa forma, talvez tenha dado origem ao termo ‘mostarda’. Esse conceito do salgado aliado ao doce e picante soou um leve deja-vu, não?







Diferente da Heinz, hein?





Você, óbvio, já o tinha observado noutras cozinhas, sobretudo nas orientais. A Italia, nesse sentido, reflete algo muito maior que um mapa ou regionalidade, a busca do sabor tanto quanto buscamos entender o metafísico, o invisível e inexplicável.

O receituário clássico diz que devemos cozinhar as frutas separadamente num xarope simples, feito de água e açúcar. As frutas não devem sem cozidas demais, mas permanecer inteiras e com textura, o que nós chamamos de 'fork tender'. Uma vez cozida, a fruta é separada do xarope enquanto este é apurado e adicionado de mostarda e outros ingredientes. A receita, com mais detalhes, vocês conferem logo abaixo, após esta matéria.





Desde tempos remotos, a mostarda tem sido colocada ao lado não só de carnes vermelhas, mas brancas, aves de criação e outros tipos. O sabor amargo, ao que aponta a história, é típico da era renascentista. Mas saiba, a produção só foi industrializada em 1836 por Enea Sperlari. Aliás, ao que aponta este blog, Enea não só desenvolveu a mostarda de frutas, como também o torrone e uma marca que perdura com sucesso e tradição até hoje.

A Mostarda di Cremona, assim como outros tipos de mostardas italianas é considerada uma Mostarda di frutti. Tradicionalmente, é feita em casa entre o fim do verão e durante o outono. Frutas e vegetais sazonais e regionais são os mais utilizados: de maçãs, peras, cerejas e damascos frescos, a pêssegos, tangerinas, limão, laranja ou somente as cascas de cítricos, abacaxi e ameixas, melancia, e porque não, abóbora e melancia? Não há outro universo que não e somente o agridoce onde as mais inusitadas misturas são totalmente possíveis e viciantes.

Pode ser servida com: peixes (como salmão), como uma espécie de pickles acompanhando porco, salsichas ou lentinha; com purê de batatas, carnes frias (como rosbife ou carpaccio), queijos (especialmente, pecorino, roquefort e gorgonzola). Ela pode ser picada e adicionada a purê de abobora no recheio de raviólis; pode também ser processada, em purê. Enfim, há outros tipos de Mostarda di frutta, como Mostarda di Mantova - feita com maçãs, Mostarda di Milano - frutas cítricas e cereja ou a Mostarda di Cremona Agrumi - feita com frutas cítricas inteiras. Você que é brasileiríssimo(a), invente a sua e venha ao palatável contar!



Aqui a receita original, em inglês


Ingredients

2 small pears, peeled
2 plums, pitted
2 apricots, pitted
2 fresh figs, halved
300 g cherries, pitted
2 cups sugar
1/2 lemon, juice of
1/2 cup dry white wine
1 1/4 cups honey
1/2 cup mustard powder (ideally use Coleman's English mustard)

Directions

1 - Put the pears, plums, apricots, figs and cherries in a saucepan and add water just to cover.
2 - Add the sugar and lemon juice, stir and bring to a boil.
3 - Reduce the flame and cook over a low flame for 10 minutes.
4 - Drain the fruits, reserving the syrup.
5 - Distribute the fruits on a baking pan and place in an oven that has been heated to 120 degree Celsius just until the fruits are dry (about 30 minutes).
6 - Pour the wine into a saucepan and add the honey and reserved syrup, stirring well.
7 - Bring to a boil and boil over a moderate flame for about 5 minutes.
8 - Add the mustard, mix well and remove from the heat.
9 - Put the fruit into sterilized jars and pour the syrup over to barely cover.
10 - When completely cool, seal carefully and store in a cool, dry place.
11 - (May be stored for up to 6 months in completely sterile jars. Once the jars are opened, refrigerate).


E agora a tradução

Ingredientes

Pêra pequena (2) – descascar e retirar caroço
Ameixa (2) – retirar o caroço e a casca
Damasco fresco (2) – retirar o caroço e casca. Pode substituir por nectarina amarela
Figo fresco (2) – cortar ao meio
Cereja fresca (300g) – retirar o caroço
Açúcar refinado (2 xíc.)
Limão (1/2) – retirar o suco
Vinho branco seco (1/2 xíc.) – use um entre R$ 15 e 25.
Mel (1 ¼ xic.)
Mostarda em pó (1/2 xíc.) – o ideal é usar a Colleman’s English, amarela


Modo de fazer

1 – Pré aqueça seu forno em 120ºC. Enquanto isso, esterilize um pote de vidro e sua tampa: água fervente, espere esfriar para não rachar o vidro, água gelada e boca pra baixo escorrendo. Use um secador para ajudar, mas jamais um pano ou papel!

2 – Coloque todas as frutas já preparadas numa panela e adicione água o suficiente para cobri-las

3 – Adicione o açúcar e o suco de limão, mexa e deixe ferver. Não mexa demais. Queremos que as frutas fiquem inteiras com um efeito glaçeado

4 – Reduza e agora cozinhe em fogo baixo por mais 10min

5 – Passe as frutas por um coador, reserve o xarope. Seria legal usar um chinois n esta etapa para a finalização do seu produto

6 – Distribua as frutas bem separadas numa fôrma e leve-as ao forno já pré-aquecido por 30min, o suficiente para que as frutas sequem

7 – Num panela pequena, coloque o vinho branco, o mel e o xarope de frutas reservado. Cozinhe esta mistura em fogo médio por mais 5 minutos

8 – Adicione a mostarda em pó, mexa bem e desligue o fogo

9 – Coloque as frutas com muito cuidado no pote esterilizado e sobre elas despeje o xarope, cobrindo-as male mal

10 – Deixe esfriar com a tampa aberta. Somente então tampe. Não deixe criar gotas de água no interior do pote, isso diminui sua validade!

11 – Estoque num lugar escuro e frio, como o fundo de um armário ou seu porão

12 – Lacrada, a Mostarda di Cremona pode ser armazenada por até 6 meses. Uma vez aberta, deve ser mantida refrigerada.



Acompanhando um queijinho




Espero que gostem e beijão a todos que nos acompanham!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mousse de chocolate com banana ou de banana com chocolate?



Tanto peso quanto frutas vermelhas e chocolate branco tem este dueto, banana e chocolate meio amargo. Na dúvida sobre a proporção, coloquei duas receitas neste mesmo post; para os amantes da fruta e os chocólatras, sofram! A primeira versão, nos foi cedida pela revista Veja. Como se não bastasse combinar banana com chocolate, a receita ainda leva calda e acompanha um luxuriante sorvete de maracujá azedinho e contrastante à doçura da preparação. Odeio vocês! rs... Já a segunda, é para os amantes de banana, mas que não dispensam um chocolatinho.






Mousse de chocolate com banana e sorvete de maracujá



Ingredientes

Mousse

Chocolate meio amargo (300g)
Manteiga sem sal (150g) - em temperatura ambiente
Açúcar (200g)
Gemas (5) - lembre-se de retirar a película
Banana-nanica madura (1)
Claras batidas em neve (4)

Calda

Chocolate amargo picado (50g)
Leite integral (1/2 xíc.)
Manteiga (1 col. chá)
Mel (1 col. sopa)

Acompanhamento

Sorvete de maracujá (Q.B.)


Modo de fazer


1 - Pique o chocolate e derreta-o em banho-maria.

2 - Bata a manteiga com açúcar, na batedeira, por dez minutos. Acrescente as gemas, uma a uma, e bata por mais 15 minutos ou até dobrar de volume e a massa ficar quase branca.

3 - Bata as claras em neve

4 - Amasse a banana e acrescente ao creme da batedeira. Com o auxílio de uma espátula, misture o chocolate derretido e a clara em neve. Coloque num recipiente, cubra com filme plástico e leve à geladeira para gelar por 12 horas.

5 - Para a calda, misture todos os ingredientes e leve ao fogo para derreter. Ferva durante cinco minutos.




E o inverso...

 





Mousse de banana com chocolate


Esta aqui, no lugar da velha consistência aerada, fica mais cremosa


Ingredientes

Banana nanica (4) - cortar em rodelas
Limão tahiti (1)
Manteiga sem sal (50g)
Açúcar refinado (100g)
Creme de leite fresco (300ml)
Ovos (3) - vamos usar apenas as claras
Açúcar refinado (15g)
Chocolate meio amargo (30g) - ralar ou picar na faca


Modo de fazer

1 - Vamos fritar as bananas na manteiga com o açúcar até caramelizarem. Devem ficar douradas, ok?

2 - O próximo passo é processá-las ou bater num mixer para construírmos um purê bem liso

3 - Certo, espirre algumas gotinhas de limão em seu purê, misture e prove. Ele deve ter uma nota azedinha e, ainda assim, conservar o sabor adocicado e caramelizado da bana

4 - Coloque parte do creme de leite para suavizar a mistura. Isso vai facilitar a incorporação do chantilly e das claras em neve.

5 - Bata um chantilly com o que sobrou do creme de leite e incorpore.

6 - Adicione o chocolate ralado e reserve parte para a decoração. Agora bata as claras com os 15g de açúcar, incorpore e finalize sua mousse.








Cassata Siciliana





Cassata coberta em fondant




Por cassata a maioria de nós entende uma fórmula de sorvete caseira, que começa na panela e termina no freezer com claras em neve numa bela fôrma achocolatada. Retirei esta receita do 'Manual enciclopédico do queijo', ela é de Roz Denny. Embora não traga a sensação de um gelato, por certo, carrega um frescor sem igual em sua regionalidade. Imagine ricota com frutas secas e chocolate ralado...agora junte isso com biscoitos savoiardi embebidos em rum e café. Pronto, você tem uma das sobremesas carro chefe da nossa conhecidíssima na Mooca, dona Di Cunto. Moi, como não poderia deixar de ser, trago para vocês a versão artesanal, ainda mais especial e saborosa. Vamos anotar?



Ingredientes

Ricota (500g)
Açúcar de confeiteiro (75g) + para polvilhar
Extrato de baunilha (1 col. sopa)
Laranja pêra (1) - retirar a raspa e o suco. Cuidado com a parte branca, ela amarga seu doce!
Chocolate meio amargo (50g) - ralar ou picar na faca
Frutas cristalizadas (250g) - sortidas e dê preferência pelas inteiras, pique-as
Café forte (250ml) - gente, esse café tem que ser fresco
Rum (120ml) - Posso usar outra bebida alcóolica? E tiramisu funciona sem rum?
Biscoito savoiardi ou 'lady finger' (24) - pode substituir por champagne sem açúcar


Modo de fazer

1 - Utilize uma fôrma sem fundo, um aro ou forre sua fôrma com papel filme. Ela precisa ser mais alta, de 8cm para cima. Lembre-se, use um bom pedaço de filme porque, ao fim, você dobrará o PVC sobre o doce sem precisar cortar outro pedaço

2 - Faça o recheio: Gosto de bater a ricota no liquidificador e ir misturando até que se torne uma pasta sem grumos. Mas você também pode usar sua batedeira e obter um efeito mais artesanal.

3 - Acrescente o açúcar de confeiteito, a baunilha, o suco e as raspas de laranja

4 - Assim que chegar a um ponto macio, é a hora de adicionar o chocolate ralado e as frutas, nessa ordem

5 - Montagem: vamos misturar o café ao rum e embeber cada um dos biscoitos nesse xarope, colocando-os na fôrma escolhida. Primeiro a base da fôrma, depois as laterais

6 - Vamos preencher com o recheio e, somente então, cobrir com as bolachas embebidas

7 - O último passo é envolver a parte superior da sua cassata com o que restou do papel filme

8 - Agora você deve fazer pressão sobre o doce, colocar um saco de feijões ou prato e deixar sua cassata refrigerando de um dia para o outro

9 - A cassata rende 8 pedaços. Decore com chantilly, fondant, marzipan...frutas secas ou em compota.


Acompanhe com vinho Sauterne!









A italianada faz decorações estonteantes, como esta com chantilly e frutas secas


Algumas versões, parece-me, são feitas com genoise (pão de ló)





Vai uma terrine aí?

Relish de papaya





Duas garotinhas mostrando os ingredientes em seu relish



Um relish de mamão com abacaxi; me pareceu delicioso como acompanhamento não só para carnes ou saladas mas hamburgueres e muitos outros. Tenha em mente o seguinte: se usar mamão verde, seu relish será mais ácido e adstringente, ou seja, mais harmonizado com peixes ou se misturado com frutas; no caso de mamão maduro, o relish será mais frutado e adocicado, combinando melhor com grelhados e carnes vermelhas.


Ingredients

1 papaya, seeded, peeled and chopped
1 red bell pepper, seeded and chopped
1 onion, peeled, sliced
6 tablespoons lime juice
1/4 cup pineapple juice
1/4 cup fresh cilantro, chopped
1 clove garlic, peeled, chopped
1 jalapeño*, seeded, chopped

Directions

Combine papaya, red pepper, onion, lime juice, pineapple juice, cilantro, garlic and jalapeno; mix well. Refrigerate until served; use within 8 hours.
Makes about 2 cups.
______________________________________________________________________

E a tradução...

Ingredientes

Mamão papaya (1) – descascar, retirar sementes e picar em cubos pequenos
Pimentão vermelho (1) – retirar sementes e picar em cubos do mesmo tamanho
Cebola pêra (1) – descascar e cortar em fatias
Limão tahiti (6 col. copa)
Suco de abacaxi (1/4 xíc.)
Coentro (1/4 xíc.) - picado rusticamente
Alho (1 dente) – descascar e picar em brunoise
Pimenta jalapeño (1) – retirar as sementes e picar. Pode substituir por dedo de moça

Modo de fazer

1 - Combine: o papaya, o pimentão vermelho, a cebola, os sucos de limão e abacaxi, o conetro, o alho e sua pimenta.

2 - Refrigere até o momento de servir e utilize em até 8 horas

Rendimento: 2 xícaras

PS.: Lembre-se de tomar cuidado com pimentas fortes como a jalapeño, habanero ou a jolokia! Use sempre luvas cirúrgicas descartáveis, não coce os olhos ou toque as mucosas, lave todos os utensílios e tábuas com água quente. A remoção das sementes alivia o efeito da capsaiscina, principal responsável pela sensação de ardência que a todos nós vicia.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pão de abobrinha com blueberry



Gente, descobri esse pão por acaso. Dada a consistência, um pão com textura de bolo, por certo é outro  desses experimentos americanos que deu certo. Ao que fuçei, a gringaiada costuma fazer a base com a abobrinha e misturar com outras coisas, como frutas: há o pão de abobrinha com maçã, com pêra ou até mesmo com cerejas. O pão da foto foi finalizado com um streusel e levou um pouco de suco de maçã em substituição a parte do óleo. Um streusel consiste numa mistura de farinha, manteiga e alguma oleaginosa ou cereal - em partes iguais - para dar crocância a bolos, muffins e pães ou pode ir como recheio.


Ingredients

3 eggs, lightly beaten
1 cup vegetable oil
3 teaspoons vanilla extract
2 1/4 cups white sugar
2 cups shredded zucchini
3 cups all-purpose flour
1 teaspoon salt
1 teaspoon baking powder
1/4 teaspoon baking soda
1 tablespoon ground cinnamon
1 pint fresh blueberries

Directions

Preheat oven to 350 degrees F. Lightly grease 4 mini-loaf pans.

In a large bowl, beat together the eggs, oil, vanilla, and sugar. Fold in the zucchini. Beat in the flour, salt, baking powder, baking soda, and cinnamon. Gently fold in the blueberries. Transfer to the prepared mini-loaf pans.

Bake 50 minutes in the preheated oven, or until a knife inserted in the center of a loaf comes out clean. Cool 20 minutes in pans, then turn out onto wire racks to cool completely.


_______________________________________________________________________________

E agora a tradução...


Ingredientes

Ovo (3) – vamos batê-los levemente com um garfo
Óleo vegetal (1 xíc.)
Extrato de baunilha (3 col. chá)
Açúcar refinado (2 ¼ xíc.)
Abobrinha ralada (2 xíc.)
Farinha de trigo (3 xíc.)
Sal (1 col. chá)
Fermento em pó (1 col. chá)
Bicarbonato de sódio (1/4 col. sopa)
Canela em pó (1 col. sopa)
Blueberry (1 ¼ xíc.)



Modo de fazer

1 – Pré aqueça o forno a 175ºC. Enquanto isso, unte com óleo 2 fôrmas para pão, do tipo 10 x 25cm

2 – Num bowl, vamos bater os ovos junto do óleo, o extrato de baunilha e o açúcar

3 – Acrescente a abobrinha ralada

4 – Agora a farinha, o sal, o fermento, o bicarbonato e a canela

5 – Por último, as blueberries e mexa cuidadosamente

6 – Asse por 50min. Deixe esfriar por 20min na fôrma e depois num aparador de arame

Risoto de abóbora assada






Gente, esse risoto é feito com uma variedade de abóbora, de nome 'butternut', algo como manteiga de noz.

Abaixo, na tradução, o link conduz à foto. Não deixe de fazer caso não a encontre! Use a cabocha.

Como se trata de um risoto leve, com sua nota de amido e cremosidade pela abóbora e a manteiga, vinhos acidos caem bem para harmonizar. Que tal um vinho de uva verde português?


Ingredients

1 butternut squash (2 pounds)
2 tablespoons olive oil
Kosher salt and freshly ground black pepper
6 cups chicken stock, preferably homemade
6 tablespoons (3/4 stick) unsalted butter
2 ounces pancetta, diced
1/2 cup minced shallots (2 large)
1 1/2 cups Arborio rice (10 ounces)
1/2 cup dry white wine
1 teaspoon saffron threads
1 cup freshly grated Parmesan

Directions

Peel the butternut squash, remove the seeds, and cut it into 3/4-inch cubes. You should have about 6 cups. Place the squash on a sheet pan and toss it with the olive oil, 1 teaspoon salt, and 1/2 teaspoon pepper. Roast for 25 to 30 minutes, tossing once, until very tender. Set aside.

Meanwhile, heat the chicken stock in a small covered saucepan. Leave it on low heat to simmer.

In a heavy-bottomed pot or Dutch oven, melt the butter and saute the pancetta and shallots on medium-low heat for 10 minutes, until the shallots are translucent but not browned. Add the rice and stir to coat the grains with butter. Add the wine and cook for 2 minutes. Add 2 full ladles of stock to the rice plus the saffron, 1 teaspoon salt, and 1/2 teaspoon pepper. Stir, and simmer until the stock is absorbed, 5 to 10 minutes. Continue to add the stock, 2 ladles at a time, stirring every few minutes. Each time, cook until the mixture seems a little dry, then add more stock. Continue until the rice is cooked through, but still al dente, about 30 minutes total. Off the heat, add the roasted squash cubes and Parmesan. Mix well and serve.

______________________________________________________________________

E agora a tradução com minhas dicas...


Ingredientes

Abóbora butternut (1) – são 900g, quase 1kg na conversão de medidas
Azeite de oliva (2 col. sopa)
Fundo de ave (6 xíc.) – Prefira caldo de frango fresco ao tablete!
Manteiga sem sal (3 col. sopa)
Pancetta (60g) – em cubos. Pode substituir por bacon? Pode! É a mesma coisa? Não!
Echalote (2) – bem picadinha. Pode substituir por cebola pérola? Pode!
Arroz arbóreo (1 ½ xíc) – se usar carnaroli ou vialone nano, cocção mais demorada, ok?
Vinho branco seco (1/2 xíc.) - use o vinho de uva verde
Pistilo de açafrão (3 u.) – Cúrcuma tem nota mais terrosa e amarga
Parmesão fresco ralado na hora (1 xíc.) – fique à vontade se não quiser usar tudo na preparação
Sal e pimenta preta em grão moída na hora (Q.B.)


Modo de fazer

1 - Pré aqueça o forno em 200° C. Sua abóbora deve ser descascada e as sementes removidas. Porque? Ora, vamos deixá-la prontinha para ir no final da preparação do risoto; fora que algumas variedades mudam de gosto se assadas junto da casca. Lembre-se de picá-la em cubos de no máximo 1,5cm, jogar o azeite, sal e pimenta fresca; então, assá-la por 25 a 30min, virando para que doure por igual. Quer usar água e cobrir com alumínio? Não há necessidade; ainda assim, se for o caso, ela cozinhará mais rápido, absorverá um teor de umidade e ficará ainda mais mole, talvez insípida. Quer assar em contato direto com o calor?Demora mais, mas fica com os extremos escurecidos. Não a despreze, é a caramelização que a ela dá uma nota inconfundível, ok? Abóbora assada

2 – Certo, enquanto sua abóbora assa, você já pode aquecer aquele fundo de ave no foguinho baixo, deixá-lo em simmer. Não queremos que sua água evapore e o fundo fique reduzido, mais forte.

3 – Tah! Pegue uma panela de tamanho médio e no máximo com 10 a 12cm de altura. É nela que vamos fazer o risoto, mas antes precisamos dourar a pancetta e as echalotes. Comece com a manteiga, leve-a em fogo abaixo, afastando a panela e aproximando. Não deixe os laticínios queimarem a menos que você queira uma nota de amêndoa no risoto. O próximo passo é entrar com as echalotes e o bacon. Ah, mas eu quero primeiro o bacon senão ele fica aguado com a umidade da echalote. Olha, aqui não fará muita diferença porque o bacon vai no meio da preparação. Se você quiser um crisp, deve fritar o bacon, retirá-lo em papel toalha e na gordura que restou na panela, fritar as echalotes até que fiquem transparentes. Fica legal? Opa!

4 – Sua pancetta e as echalotes ainda estão na panela. Entre agora com o arroz e mexa bem para envolver todos os grãos na manteiga. É neste ponto que os restaurantes interrompem a preparação, fazendo montinhos com o arroz. Não é seu caso, então já adicione o vinho branco e mexa novamente por mais 2 minutos deixando evaporar. A partir daqui, não tire os olhos da panela! Seu arroz ainda não conta com o fundo, ele pode grudar no fundo da panela.

5 – Sentiu o aroma do vinho subindo ao nariz? É o momento de adicionar 2 conchas daquele fundo de ave que está em fogo baixo, o açafrão, sal e um tantinho de pimenta Lembre-se que você já colocou pimenta na abóbora! Mexa seu risoto com vigor! Quanto mais você o mexer e rápido, mais o amido do arbóreo vai reagir com a umidade dos ingredientes, resultando em cremosidade.

6 – Aguarde cerca de 5 a 10 minutos entre cada 2 conchas e mexa. Lembre-se de adicionar fundo somente se notar o risoto secando. Jamais adicione líquido se a consistência ainda estiver rala! Você corre o risco do risoto perder o ponto al dente, ok?

7 – O processo todo leva em torno de 30 minutos. Assim que estiver al dente, remova seu risoto do fogo e nele misture a abóbora em cubinhos e seu parmesão. Ai, que delícia! Muito mais artesanal em comparação com aqueles risotos feitos de suco de abóbora.

E você ainda pode adicionar lâminas de amendoas tostadas ao fim ou uma folhinha de salvia, como na foto. Claro, se o seu risoto levar salvia no fundo ou na prepração, ok?

Espero que gostem e comentem!

Abraços a todos

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Red Velvet Cocoa Cake (Bolo de cacau veludo vermelho da Wilton)









Cobertura de cream cheese com chocolate branco, logo mais aqui no blog






A receita orginal, neste link: http://www.wilton.com/recipe/Red-Velvet-Cocoa-Cake



Red Velvet Cocoa Cake

Ingredients

1/2 cup (1 stick) butter or margarine, softened
1 1/2 cups granulated sugar
1 teaspoon Madagascar Pure Vanilla Extract
2 eggs
1 ounce Red (no-taste) Icing Color
2 cups all-purpose flour
1/4 cup cocoa powder
1 teaspoon salt
1 cup buttermilk or sour milk
1 1/2 teaspoons baking soda
1 tablespoon white vinegar
Cake Release
Makes: Approximately 6 cups of batter.

Instructions

Heat oven to 350°F. Grease two 8 in. round baking pans with Wilton Cake Release or vegetable pan spray. In large mixer bowl, beat butter, sugar and vanilla until creamy. Add eggs and icing color; blend well. Stir together flour, cocoa and salt; add alternately with buttermilk to batter mixture, beating until blended. Stir baking soda into vinegar; fold carefully into batter (do not beat). Pour batter into prepared pans. Bake 30-35 minutes or until toothpick inserted in center comes out clean. Cool 10 minutes; remove from pans to wire rack. Cool completely.

_______________________________________________________________________________


E agora a tradução

Bolo de cacau veludo vermelho

Utensílios
2 fôrmas de 20cm de diâmetro

Ingredientes

Manteiga ou margarina (1/2 xíc.) – em temperatura ambiente
Açúcar cristal (1 ½ xíc)
Extrato de baunilha puro de Madagascar (2 col. chá)
Ovos (2)
Corante para cobertura na coloração vermelho (28g)
Farinha (2 xíc.)
Cacau em pó (1/4 xíc.)
Sal (1 col. chá)
Buttermilk (1 xíc.) – gente, usem leitelho ou yogurte
Bicarbonato de sódio (1 ½ col sobremesa)
Vinagre de vinho branco (1 col. sobremesa)



Modo de fazer

1 - Pré aqueça o forno a 180ºC. Enquanto isso, vamos untar as 2 fôrmas com manteiga e farinha ou usar papel vegetal

2 -Vamos bater no bowl a manteiga, o açúcar e a baunilha até chegarmos numa mistura bem branca e fofinha

3 - O próximo passo é adicionar os ovos e o corante. Misturar bem

4 - Os ingredientes secos – farinha, cacau e sal -, vamos adicionar à mistura com uso de um sifter ou peneira e também temos de alternar isso com o buttermilk

5 - Agora vamos misturar o bicarbonato de soda com o vinagre e logo depois incorporar o resultado à mistura, sem mexer demais. Não use batedeira nem mixer nesta etapa.

6 - Coloque a massa nas fôrmas untadas e asse de 30 a 35min até que um palitinho saia limpo.

7 - Deixe esfriar nas fôrmas sobre o rack de arame e então retire os bolos para que esfriem por completo no rack.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Comer em Nova York 100 anos atrás, como era isso?





Mapa de Nova York
 
 


Quem já teve a oportunidade de ir a Nova York, mal imagina; mas, se não puser os pés no museu de comida, não se dará conta da história por trás dessa metrópole.


Já se perguntou, por exemplo, o que precede a história da cidade quando associada ao velho jargão ‘grande maça’? Que uma das origens talvez venha a ser literal, com a Newtown Pippin - uma espécie de maçã com sabor cítrico -, exportada à toda a Europa com muito sucesso ao longo da história? Ou que este item à venda até hoje no mercado de hortifruti do Union Square (Manhattan) tenha sido cultivado por muitos horticulturistas, dentre eles, Thomas Jefferson?





Avenida Jamaica na porção norte, Brooklyn
 
 


Pois é, quando se trata desse dueto - comida e Nova York -, para entender suas nuances históricas, precisamos regressar ao ano de 1898, tempo em que suas áreas geográficas foram incorporadas, dando origem ao famoso ‘Big Apple’ como vemos nas grandes produções hollywoodianas. Mas quão importante é uma configuração geográfica?

Ora, basta observarmos que, antes dessa data, cada uma dessas regiões - Manhattan, Queens, Brooklyn... – tinha seus próprios governos e taxas. Não só isso, mas sua própria manifestação com o alimento; seja através da indústria, sabores, mercados ou relações entre comunidades, definindo, enfim, identidades singulares.






Avenida Nostrand, lado leste
 
 


Imobiliárias e outras fontes históricas citam fazendas com mais de 250 anos de existência, que proviam as comunidades com suas criações de gado, cavalos, grãos e tantos outros insumos. Enquanto isso, nas regiões mais urbanizadas, os habitantes compravam pão, leite, milho quente, torta, pescados e, sim, gelo. Todos eles vendidos em carrinhos (pushcarts) ou vagões puxados a cavalo. As crianças compravam bolas de gelo raspado com xaropes por ‘1 penny’.

Esse era o espírito que ostentava a velha Nova York já desde essa época; um espaço que recebia e acolhia, não só imigrantes, mas também suas tradições e culinária. De gregos e alemães aos judeus com a culinária Kosher. Assim que se deu também o desenvolvimento de um vasto e rico mercado étnico, restaurantes e hotéis de repertório tão diversificado, que a cidade podia, enfim, ‘dar de comer’ a boa parte do país.

Era uma época em que não se fazia necessário a posse de certificados ou grandes habilidades lingüísticas para se exercer um cargo operacional; assim, que muitos estrangeiros foram atraídos para as fábricas de alimentos e também para o nascente mercado de restaurantes chineses. E se para esses estrangeiros, os bairros étnicos funcionavam como porto seguro - onde se agregavam, constituíam família e ouviam noticias de casa -, para o país, a expansão no setor de alimentos logo iria reverberar noutros setores da economia, como a dinâmica de preços e das importações.



Manhattan

Longe do velho estereótipo que a destacou pelos estabelecimentos mais badalados, freqüentados pela alta sociedade, Manhattan também possuía restaurantes especializados em ‘catering’; que tanto preparavam grandes comemorações quanto cuidavam dos trabalhadores que erguiam os colossos de concreto por toda sua extensão. Restaurantes gregos italianos - como o Polly-o ricotta cheese; chineses, cujo estereótipo de comida exótica ou venenosa logo deu lugar a uma explosão de sabores. Baklavas, massas frescas e uma série de outras produções feitas em casa.





Mercado na porção oeste de Manhattan
 



Considerada a maior padaria do país, a Companhia de Biscoitos de Nova York, localizada na 10ª Avenida com a 14ª Rua, logo entrou em fusão com a Companhia Americana de Biscoitos. Assim que surgiu a Companhia de Biscoitos Nacionais, ou NABISCO. Em 1900, ela possuía cerca de 2500 padarias em NY e 300 membros.

As casas de Abatedouro também se tornaram competitivas justamente pela culinária Kosher, que demandava carnes consumidas em no máximo 3 dias após o abatimento. Vale lembrar, a construção Tunel Holland em 1920, fez com que muitos desses negócios fossem deslocados para a Avenida Atlântica, no Brooklin.






'Pushcart' - vendedor de batatas quentes na porção leste de Manhattan




Bronx

Em 1900, os imigrantes irlandeses eram grandes fazendeiros, cultivando vegetais e jardins em grandes estados como Riverdale. Os fazendeiros alemães se concentraram ao redor de Belmont e Castle Hill Point.

Os italianos cultivavam frutas e vetegais atrás e na frente de suas casas. Porcos e frangos eram criados em parques e áreas públicas.

Assim como o Brooklyn, esta região experimentava os mesmos efeitos que acometiam os moradores da cidade e a indústria em Manhattan. Partes do Bronx foram anexadas a Manhattan e as construções de apartamentos começaram a florescer ao redor das linhas de transporte.



Queens

Pelos idos de 1900, embora fosse uma região bastante diversificada - com industrialização pesada a oeste e comunidades agricultoras a leste -, o Queens já era o centro da horticultura de Nova York.

Com o desenvolvimento do sistema de trem, as comunidades e fazendas familiares tornaram-se ainda mais importantes, fornecendo flores e árvores frutíferas, mas também abrigando o Mercado Jamaicano. A população chinesa, que, na época, passava dos 10.000 habitantes, também cultivava para seus próprios restaurantes.



Brooklyn

Na virada do século passado, esta região se caracterizou por receber o maior número de comunidades étnicas, que buscavam se desviar da superpovoada Manhattan. No entanto, com o desenvolvimento das áreas mais rurais, os fazendeiros acabaram ficando lado a lado com as construções residenciais.

Um importante pólo imigracional foi em direção ao Sul do Brooklyn, Maspeth e Greenspoint para a produção de açúcar, cerâmicas e as refinarias de óleo. Os poloneses cozinhavam e preservavam muitas de suas produções caseiras. Dentre vários empreendimentos, tinham árvores frutíferas e casas de cigarro.

Ocasionalmente, também tinham em seus quintais porcos cujas partes eram inteiramente aproveitadas: a gordura, os filés e o sangue, usado para a kiska, uma salsicha de miúdos e sangue embrulhada em intestino.

Em Bedford-Stuyvesant e no Greenpoint, as crianças comiam nabos, milho e batatas roubadas das terras mais abundantes. Elas também construíam fogueiras para assar vegetais, cerejas, peras e maçãs. Eram premiadas com leite morno quando conduziam cães perdidos, vacas e ovelhas em fazendas sem cercas.



Staten Island

As comunidades de imigrantes, particularmente os gregos, cuidavam de fazendas próximas ao Bull’s Head e proviam os mercados de Manhattan com vegetais e criações para o Mercado de Washington.



O ato de jantar fora

Em 1900, a variedade de comes e bebes em Nova York era enorme, alimentos quentes e frios em restaurantes e mais de 25.000 banquinhas pela rua. Nelas havia não só ostras, milho ou batatas assadas, mas também os primeiros hot dogs. No Brooklyns, os ‘Penny Restaurants’ serviam uma refeição por apenas 5 cents. Resorts em Coney Island ao longo da baia e na parte oeste. Em 1898 o Child’s restaurante – que fazia catering aos trabalhadores do centro da cidade – criou a primeira cafeteria em seu restaurante da Broadway. O sucesso em muito se deveu à auto promoção e à sua higiene.





Menu do restaurante Child




Fine Dining

Nova Iorque praticamente definiu o conceito de alta sociedade, como vemos nos filmes. Ela sempre entreteve ricos e poderosos, com jantares de múltiplas refeições e cigarros para os homens. Em benefício ou prejuízo, os restaurantes e hotéis tiveram de as adaptar às novas modas da cozinha e da vida noturna. As casas de lagostas eram mais democráticas e baratas, direcionadas à classe média.




                               


Menu do hotel Waldorf
 



Pode ser que seja estranho ao primeiro olhar, uma Nova York onde comidas e pessoas se cruzam o tempo todo; sem que ninguém se dê conta da incrível variedade de paladares, a cidade realmente exerce seu apelo como uma espécie de imã para todo e qualquer indivíduo. Nesse sentido, parece-me que não importa tanto atentar para suas variâncias em cultura, nacionalismo ou preferências individuais, uma vez que se está imerso num espaço tão pluralizado. Mais do que uma metrópole do suór e pelo glamour, Nova York não foi edificada com outro intuito senão atuar como um imã, refazendo-se Nova e novamente.







Menu do hotel Plaza
 
 
 
 

Fonte: museu da comida de Nova York (http://www.nyfoodmuseum.org/)

                                    



Creative Commons License
Comer em Nova York 100 anos atrás, como era isso? by Marcel Pitelli is licensed under a Creative Commons Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

Related Posts with Thumbnails

Canal Cozinha   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

TOP