terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aos leitores...

Amigos,

Desculpem a demora, mas na Anhembi está uma correria...módulo de francesa, TCC, e ainda por cima, resolvi fazer um curso de decoração de bolos...rs...Já viu, né?

Mas prometo retornar dentro de poucos dias com receitas e posts fresquinhos!

Me aguardem!

Bção!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fried Green tomatoes (Tomates verdes fritos)




Quem é que nunca quis degustar essa iguaria? Como retratado no filme, o tomate verde frito é uma preparação do sul dos EUA, mas também feito ao norte. Atendendo a pedidos, fiz uma resenha sobre o filme e encontrei a dita cuja da receita. Eitah vida de gastrônomo!

Lançado nos EUA, em 27 de Dezembro de 1991, o filme deriva do livro de Fannie Flagg. Nominado com dois Oscars, também recebeu outros 6 prêmios e 6 nominações.

O feminismo foi um dos temas da história, manifesto através do bordão ‘Towanda’, muito usado pelas mulheres dos anos 90. Outro tema muito recorrente, o lesbianismo, ficava nítido através da relação de Idgie e Ruth muito bem aceita pela cidade e no café. Embora muitos críticos discordem dessa visão, o filme recebeu prêmio pela Aliança gay e lésbica contra a difamação (GLAAD). Outros temas são o envelhecimento e a comida. As receitas do filme estão no final do livro.

O WhistleStop é baseado no Café Irondale em Irondale, Alabama e que funcionou entre 1915 e 1935. Ainda em operação e graças ao filme, o restaurante tem como carro chefe os tomates verdes fritos, cuja  receita vocês conferem após a história do filme.

Tomates Verdes Fritos tem início no ano de 1985, quando a dona de casa Evelyn Couch (Kathy Bates) precisa visitar sua sogra numa enfermaria do estado do Alabama. Procurando evitá-la, Evelyn acaba conhecendo outra paciente, Ninny Threadgoode (Jessica Tandy). Assim que, de forma muito simples, o espectador é surpreendido através de 2 histórias justapostas que, aos poucos, vão uma se costurando à outra: de um lado, somos convidados junto de Evelyn a ouvir a história de vida da senhora Threadgood e o WhistleStop Café; do outro, embarcamos também no dia e dia de Evelyn, suas frustrações e a evolução de sua personagem na trama por conta da experiência que adquire com a idosa.









Uma das cenas mais hilárias. Aqui em São Paulo falta um pouco de Towanda






Adotada desde pequena pela família Threadgoode, Ninny se casa com um dos irmãos. Seu primeiro amor, no entanto, foi Buddy Threadgoode (Chris O'Donnell) cuja irmã mais nova se chamava Idgie. Num dia fatídico, ao brincar com a linha do trem, Buddy acaba ficando preso e morre. Idgie (Mary Stuart Masterson) que o tinha como maior exemplo, com quem havia aprendido todo o charme e forma de lidar com a vida, fica devastada. O quadro só se reverte quando à casa Threadgoode chega um novo familiar, Ruth Jamison (Mary-Louise Parker), que tinha vindo à cidade para dar aulas sobre a bíblia.


Enquanto Idgie é travessa e masculinizada, lida com homens e cartas como ninguém, Ruth é o perfeito retrato da mulher do inicio do século XX, presa aos ditames da sociedade e formatada para constituir família. Não é para menos, como percebem a família e os empregados nitidamente, Idgie passa a manifestar uma incrível afeição por Ruth. Nesse exato momento, a trama é novamente desviada do trivial e Ruth deve partir, já que prometida ao marido na Georgia. Antes deprimida, Idgie agora se entrega a uma paixão platônica, passando a beber e viver nos bosques.


Ao criar coragem para visitar Ruth na Georgia, Idgie nos mostra a outra face de uma sociedade hipócrita através dos abusos que Ruth sofre pelo marido alcoolatra Frank Bennet (Grayson Fricke). A vida das personagens tem uma reviravolta quando morre e mãe de Ruth e, agora desamparada, ela envia uma página da bíblia a Idgie, onde se lê: “O seu povo é o meu povo e o seu Deus o meu Deus, aonde você for, eu também irei”. Em resposta, Idgie retorna à casa Bennet com seu imão Julian e Big George, filho da cozinheira Sipsey (Cicely Tyson) para resgatar Ruth, agora grávida.

É com o dinheiro do pai que Idgie decide tocar o WhistleStop Café, sustento não só de Ruth e seu filho, mas também de Sipsey, Onzell e Big George que irão se casar. Adquirindo fama pelo churrasco de Big George, o WhistleStop foi parada obrigatória durante a depressão de 1929. Espécie de casa aos desafortunados, o café também foi alvo de discórdias e do Ku Klux Klan, pela recepção dos negros e preços mais baixos a eles. Repentinamente, o marido de Ruth desaparece e aí que a trama ganha ainda mais tensão, com a presença constante de policiais e interrogatórios.


Nesse ponto, a protagonista onisciente Evelyn decide dar novo rumo à sua vida, quando emagrece, se impõe ao marido e desafia todos que fiquem em seu caminho. Sob o alter-ego Towanda, ela decide trabalhar com a "Cosméticos Mary Kay" e tomar hormônios para a menopausa. É incrível perceber que temas tão radicais aos anos 80 eram sugeridos pela senhora Threadgoode.


Com o passar da Segunda Guerra, as personagens entram os anos 50 com outras 2 fatalidades: o filho de Ruth perde o braço para o trem e sua mãe acaba morrendo de câncer. Logo depois, quando o carro de Frank Bennet é encontrado no lago à frente do WhistleStop, Idgie e Big George são detidos pela polícia. Durante o julgamento, em agradecimento a Idgie por ter tirado o filho da cadeia, o padre local defende os acusados, dizendo que estavam num festival de 3 dias e não estariam envolvidos.


É só no final que a trama se costura, quando Sipsey tenta proteger o filho de Ruth contra o seqüestro pelo pai e o ataca com uma panela. Como sugere o diálogo das personagem, Big George fez churrasco de Bennet enquanto que sua cabeça, Sipsey a enterra no jardim Threadgoode em resposta às superstições locais.


No livro, o final é diferente... Evelyn recebe uma ligação sobre o falecimento da senhora Threadgoode. Ao visitar a lápide de Ruth, ela encontra um recado lá colocado momentos antes. No epílogo é revelado que Idgie ainda está viva e agora vende mel numa loja local.

Na receita, os tomates são cortados na espessura de 0,5 cm, imersos em buttermilk e empanados com fubá, migalhas de pão ou farinha. Então, são fritos em óleo quente ou gordura por cerca de 3 minutos em cada lado até que as extremidades fiquem douradas. Da mesma forma, podemos passá-los em ovos batidos antes da farinha, sempre adicionando sal e pimenta.


É ideal jogar a gordura sobre o tomate com uso da escumadeira; assim, cria-se uma película crocate sobre o tomate, o que impede que a farinha se disperse na gordura. Pode-se usar também a gordura resultante da fritura do bacon no café da manhã.







Tomates Verdes Fritos


Ingredientes

Tomates verdes - 3 a 4 unidades
Farinha de trigo (1 1/2 xíc.)
Fubá (1/2 xíc.)
Leite - Q.B.
Sal e pimenta preta moída - Q.B.
Óleo vegetal - Q.B.


Modo de fazer

1 - Misture a farinha, o fubá, o sal e pimenta

2 - Adicione leite suficiente até criar uma massa densa e espessa

3 - Aqueça o óleo e lembre-se que está é uma fritura sob imersão. Então, no mínimo uns 2cm de óleo

4 - Empane os tomates e respingue o excesso

5 - Se faltou sal, acrescente mais um pouco agora



Espero que gostem. Abração!

White hot chocolate (Chocolate quente branco)





Receita de chocolate quente feito com chocolate branco da Martha Stewart. Já fiz variações com especiarias, manteiga, chocolate branco e meio amargo...mas branco com creme de leite é novidade. Bom, e a Martha é incontestável, né? A mulher tem poder!

Ingredientes

Creme de leite (2 xíc.)
Leite integral (6 xíc.)
Chocolate branco (340g) - vamos picá-lo bem pequeno
Extrato de baunilha (1 col. chá)
Chocolate meio amargo (40g) - este aqui, vamos usar um descascador, para decorar



Modo de fazer

1 - Leve o leite e o creme de leite juntos ao fogo até que a mistura entre em simmer. O processo eva cerca de 4 minutos. Não deixe ferver!

2 - Coloque o chocolate branco picado num bowl e sobre ele despeje essa mistura quente. Mexa suavemente com uma colher de silicone

3 - Acrescente o extrato de baunilha e agora para para um fouet. Bata a mistura levemente para que incorpore ar. Estará pronto quando a consistência subir um pouco

4 - Sirva decorado com os tuilles de chocolate meio amargo ou com marshmallows


Rendimento: 8 xícaras

Chicken Spaghetti Casserole




Ainda que não seja gastronomia, a receita de Paula Skelton foi vencedora da Feira Estadual do Texas e aclamada por ninguém menos que a Oprah Winfrey. Será boa? rs


Ingredientes

Frango grande e com pele (1)
Spaghetti (1 pacote)
Óleo de soja (1 col. sopa)
Pimentão (1) - picado em cubos, pode ser de qualquer cor
Cebola pêra (1) - cubos médios
Salsão (1 bulbo) - cubos médios
Sopa de cogumelos (1 lata) - se não encontrar, substitua por sopa de cebola ou cogumelo em pó
Tomate pelatti (2 latas)
Queijo Velveeta (2 xícaras) - pode substituir por um bom cheedar cremoso
Água (500ml)


Modo de fazer

1 - Lave o frango com água fria e limão, se desejar

2 - Coloque-o inteiro numa panela de bom tamanho e adicione 500ml de água

3 - Ligue o fogo e conte de 30 a 40min logo que começar a ferver

4 - Assim que estiver macio, reserve o frango e passe o fundo por um chinois ou coador de malha fina

5 - Com o frango, remova a pele e os ossos. Pique a carne e reserve

6 - A panela onde você cozinhou o frango, seque-a! Coloque o óleo e sauteie o pimentão, cebola e salsão. Reserve

7 - Ainda nessa panela, coloque o fundo de frago, os tomates e a sopa em pó

8 - Assim que ferver, coloque o spaghetti, quebrado em 3 partes

9 - Quando o spaghetti estiver pronto, não o separe do molho! Adicione o frango picado e leve tudo para um refratário

10 - Agora coloque o queijo e leve ao forno pré aquecido em 180ºC por cerca de 1h




Bom apetite!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cinnamon cayenne ice cream (Sorvete de canela)




Não o subestimem no lugar dos triviais chocolate ou morango! Delicioso sorvete e este aqui leva ambas as canelas, em pau e em pó. Ainda não o fiz em minha maquininha, mas garanto a vocês, quando o provei, não conseguia parar mais...rs...Acompanha maravilhosamente bem uma tarte tatin ou simplesmente maçãs assadas. Antes, que tal apresentar a vocês estas maravilhosas maquininhas?





Para quem ainda não conhece, a Cuisinart tem este excelente produto e que está à venda no Brasil. Infelizmente, a cor vermelha é das mais difíceis. A branca, vocês encontram em lojas como a Doural, a Spicy ou a casa Santa Helena. Servem tato para sorvetes à base de custards ou merengues, como sorbets, gelatos e frozen yogurt (meu preferido)





Este é um dos modelos novos. A vantagem é que faz o dobro de sorvete em comparaçao com o modelo anterior






Já esta aqui é a top de linha. Chega a custar mais de R$ 2.000 em alguns lugares, mas garanto que vale muito a pena. A diferença neste modelo é que ele já possui uma câmara de resfriamento internamente. Ou seja, embora a capacidade seja a mesma que do primeiro modelo - no máximo 500ml -, ele reproduz as sorveteiras industriais sem que você tenha de levar suas misturas à geladeira.


Chega de papo e vamos encarar este sorvete!


Ingredientes

Leite Integral (225ml)
Canela em pau (1)
Gema de ovo (3)
Açúcar cristal (100g)
Canela em pó fresca (1 col. chá)
Creme de leite fresco (450ml)


1 - Leve o leite ao fogo com o pau de canela. Assim que o leite entrar em simmer, desligue o fogo e aguarde 10 minutos para a infusão de canela. Então retire o pau de canela.

2 - Num bowl, bata as gemas, açúcar e a canela em pó apenas para homogeneizar

3 - Agora tempere as gemas com parte do leite do quente e então despeje tudo. Volte à panela para cozinhar

4 - O custard ficará em fogo baixo de 8 a 10min. Preste atenção às costas da colher. Ele encorpa levemente, mas se permaecer tempo demais, o ovo cozinha. Lembre-se que não há nenhum espessante, como amido de milho para proteger as gemas. Então, olho na temperatura! Caso tenha um termômetro, não deixe passar os 65ºC.

5 - Seu custard está pornto, retire-o da panela ou ele continuará cozinhando. Faça um banho de maria com gelo e coloque papel filme por contato para não criar película.

6 - Lembra do creme de leite? Vamos batê-lo até o ponto de crème fouettée, ou seja, um ponto anterior ao de picos. Vamos lá, divida a mistura em 3 partes. A primeira delas, misture ligeiramente ao custard para que a densidade diminua. Agora será ainda mais fácil incorporar as outras 2 partes. Para cada uma delas proceda da mesma forma: usando uma colher ou espátula de silicone no lugar do fouet, vá de baixo para cima, dos lados para o centro sem exercer força ou rapidez. A idéia é incoporar o máximo de ar possível em seu sorvete. O Cordon Bleu, neste ponto, ao invés de creme de leite, sugere um meregue italiano (feito com uma calda de açúcar a 114ºC e claras, tudo batido em batedeira até que o bwol esfrie). É uma ótima sugestão, mas não para esta receita

7 - Certo, vamos levar o sorvete num recipiente de metal para o freezer. Caso você não tenha uma máquina de sorvete caseira, aguarde até que se formem os cristais por cerca de 3 horas. Retire a mistura e bata com o fouet, repita esse processo várias vezes e, se desejar, utilize um processador ou a batedeira para quebrar os cristais.

8 - Você não tem paciência? Ótimo! Faça uma calda, banhe uma fôrma de metal e leve o custard ao freezer para endurecer como um semifredo. Então, você terá um belo sorvete enformado e de corte, outra pedida muito boa

9 - Agora, para você que tem uma máquina de sorvete como eu, não basta jogar o custard frio no bowl de metal. Antes devemos proceder da mesma maneira que sem a sorveteira, deixar nosso custard no freezer até que crie cristais. Somente então, levamos essa mistura ao bowl e ligamos a máquina de sorvete

10 - Lembre-se, o que a máquina faz é abaixar a temperatura do custard enquanto nele incorpora ar simultaneamete. Esse é o segredo dos melhores sorvetes, sorbets e gelatos, independente se levam ou não estabilizante

11 - Olha aqui uma forma legal de servir aos convidados:







Espero que gostem, pessoas!

domingo, 8 de novembro de 2009

ENADE 2009





Hoje fizemos o ENADE. Combinei de me encontrar logo cedo com a Maithe e fomos ao shopping Tatuapé almoçar. Chegando à tal escola aonde fomos designados, a galera Anhembi lá estava em peso. Devia haver outros cursos, mas gastronomia parecia imperar; qualquer pessoa com quem se trocasse verbo, falava em comida, restaurante e fadiga...rs...o de sempre!

Excetuando as questões de nível específico, a prova foi até que razoável. Pudera! Logo após exaustivas 4 palestras sobre o 'incidente', quando fomos preparados a falar e muito bem do curso, nao podíamos esperar nada diferente.

Assim que terminei, tomei meu rumo. No caminho para casa, fui recapitulando algumas das questões, e logo me veio à mente um ponto tomado pelo professor Luiz Araujo, se o curso nos fornecia ferramentas para compreender a realidade social brasileira. De fato, ainda que não possamos nos gabar disso, de termos  esse olhar sociológico, vale lembrar, a prova tinha questões não menos importantes em peso. Então, se não temos esta compreensão por que cargas d'água ela permanece sendo estimulada, através do ENADE, das mídias, da Nutrição moderna? Será hipocrisia nossa, uma face que negamos ver? Será que o empratado é sempre belo e colorido, sem que a faca seja torta, a cerâmica quebrada?

Quando nos perguntaram qual a razão do ENADE intervir no curso, pensei em quanta falta nos fazia um olhar mais profundo à realidade brasileira. É bem certo que porcionar bifes e confeitar bolos não mostra o enorme abismo que aqui se estende entre ricos e pobres; contudo, quando se trata de desperdício, coleta seletiva e tantos outros temas relacionados à sustentabilidade, levamos a culpa na carteirinha. Esta sombra entre o glamour e os conflitos sociais, nós a representamos através do que é mais básico e necessário a todo ser humano: a comida

Mas se isso nos assusta, a gastronomia vai muito além, explorando o exagero e o absurdo. Quantos restauranteurs lucram enormes cifras em cima de malditas espumas vazias de manga? Em culturas como a nossa, de herança latino-americana e influência estrangeira, a ambiguidade no termo torna a situação ainda mais discutível: pois se de um lado a gastronomia não alcança os meios de comunicação, se expondo a todas as classes sociais; por outro, assim deve permanecer, à custa de perder sua conotação junto à luxúria.

Longe de mim cuspir esta água que bebo, mas se vamos difundir esta cultura ao país e o mundo, uma consciência se faz necessária. Mais do que isso, e como dizem muitos pensadores da modernidade, nos falta colocar as idéias em prática. E isso, meus amigos, está muito bem ligado à nossa formação de valores.

Se o aluno tem ou não o conteúdo para realizar esta e tantas outras provas da vida, é fato que educação e caráter se adquire em casa e na vida. Falando nisso, onde é que foram parar as antigas formas de se inflar o caráter, a ética e moral, como se costumava fazer nas milenares culturas grega e romana? A esta altura, quantos devem estar rindo...Ora, hoje em dia, falar em ética e moral é tanto ou mais surreal do que mencionar a boa e velha honestidade, talvez uma vaga lembrança da época em que nossos pais e avós eram obrigados a estudar filosofia e francês no colégio, entoar o hino todo santo dia pela manhã.

Pobre ENADE e govero que se importam com o desenvolvimento do sistema educacional, que imprimiram a prova em cores! Quantos zombaram dessa avaliação, fizeram-na com desdém ou deixaram a prova com inúmeras reclamações, perdi as contas! Se a corrupção ainda impera, o marasmo e conformismo...a prova nada tem a ver com isso!

No setor de gastronomia, o empregador, infelizmente ainda dá muito valor ao peão, que pouco tem em conhecimento e qualificação, mas muito pelo trabalho mal remunerado. Essa situação, já ouvi dizer, nao se diferencia nem ao menos nas nações mais desenvolvidas. Muito de encontro, me parece estar esse jovem da modernidade, recém saído dos fornos nos anos 90, julgando tudo pronto e indispensável, como um celular e MP3... indolente, individualista, apático, apolítico!

Parece-me que o ENADE vai mostrar esta outra face, a que se oculta por trás dos rostos, do corpo discente e docente. Mostrar um aluno que pode muito bem saber o tamanho de um maldito brunoise, mas pouco tem a dizer sobre o mundo e suas trasformações. Vai mostrar um professor que também é a reprodução deste sistema falido; que ora nos atende, ora nos vira o rosto, dada a glamourização a que se prende na cultura da arte gastronômica... Pode muito bem vir a picar cebola  melhor do que nós, mas não tem este mesmo apelo pela era da informação, nosso acesso indiscutível à internet e os meios de comuicação de forma tão avassaladora quanto foi para nossa geração.

Enfim, se a nota de corte vai ou não prejudicar os cursos que prestaram o exame, o certo é que o país está mudando aos poucos, demandando níveis de qualidade que, infelizmente, ainda são um reflexo do que está acontecendo no exterior. Essa é a fórmula pós-64 e assim ainda será por muito tempo. A nós então talvez caiba o grande papel de digerir aos poucos uma série de realidades que vão se sobrepondo. Um Rio de Janeiro, palco de mortes e tiroteiros enquanto um dos maiores exportadores de idealismo em novelas e olimpíadas.

Lembrar que fechar os olhos é o mesmo que esquecer, simular uma realidade de falso conforto, negar a si mesmo sem que se dê conta. 'Brasileiro não desiste nunca!' Talvez seja hora de colocar o velho bordão estigmatizador de lado e encarar os fatos... lembrar que, muito embora tenhamos todos nossos desejos e capacidades individuais, que muitos de nós tenham luz e queiram fazer bem ao mundo, infelizmente ainda há muito mal e erro nesta Terra, pessoas atropelando umas às outras, dispostas a tudo por dinheiro. E não me canso de dizer, ainda que seja esta uma sociedade por e pelo consumo, é emergencial, temos de pôr a cabeça no lugar!



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Evento em Mairiporã

Neste sábado, minha irmã e eu fomos para Mairiporã, na casa dos meus tios Sérgio e Marizelli. Chegamos às 18h, fiquei cozinhando até as 23. No dia seguinte, levantei cedo, às 7 e continuei até as 14h.


Menu

Tortelli de zuchero com queijo ao molho pomodori
Namorado assado com salsa de manga e papaya
Alface americana com tomate confit
Panacota diet com calda de frutas vermelhas
Banana da terra assada com calda de goiaba e chantilly de canela em pau
Flan de leche
Batida de pêssego com sorvete de creme
Suco de melancia com morango






Tortelli, salsa e namorado










Meus tios Sérgio e Marizelli
 
 








Minha prima Tassili e minha tia Maria
 
 








Minha irmã Maíra me ajudando com o suco
 
 
 
 
 
 




Minha mãe Sônia e meu tio. Não são iguaizinhos?

Panacota diet




Esta eu fazia praticamente todos os dias no L'Hotel. É deliciosa, leve e não engorda. 9 entre 10 convidados adoram. Diabéticos amam...lembre-se de usar TalQual, Splenda ou Sacarose.



Ingredientes

Creme de leite light Nestlé (4 latas)
Limão tahiti (4 a 5)
Açúcar diet ou adoçante (à gosto)
Gelatina em folha sem sabor (5) - funciona melhor com esta do que a em pó
Yogurte desnatado Nestlé (1) - retire o soro

Para a calda

Frutas vermelhas (morangos, framboesas...) - pode substituir por outra fruta
Hortelã (à gosto) - é para usar um galho inteiro, ok? não só as folhas
Adoçante (à gosto)

Modo de fazer

1 - Limpe as latinhas, abra e despeje o conteúdo num panela média

2 - Esprema os limões e coe para que não fiquem sementes ou fibras

3 - Acrescente o açúcar e experimente. Veja se está ácido e doce o suficiente, mas não demais porque a calda também será doce

4 - Ligue o fogo baixinho. Este doce não precisa ferver. Ele só tem que ficar quente para ajudar a gelatina a dissolver

5 - As folhas de gelatina: coloque-as de molho por uns 10 a 15 segundos em água fria ou morna e retire. Esprema a água e coloque-ás uma a uma na panela junto do creme de leite, o limão e o adoçante

6 - Mexa e aguarde até que comece a aparecer a fervura na lateral da panela, bem de leve. É o momento de retirar do fogo

7 - Acrescente o iogurte desnatado sem soro e bata com um fouet para que fique homogêneo, sem caroços

8 - Utilize uma fôrma de alumínio ou tefal, mas lembre-se de passar um pouquinho de óleo e retirar o excesso com papel. Leve à geladeira por cerca de 3 a 4 horas

9 - A calda: basta levar tudo ao fogo com a hortelã e, assim que ferver, desligar o fogo e refrigerar.

10 - Para desinformar: passe a fôrma no fogo ou água quente

Lembre-se: você pode usar frutas no creme, processar com manga, banana e limão, abacaxi (cozido), morango (cozido), chocolate, montar com gelatina, incorporar chantilly...pode também usar outras frutas para a calda. Só saiba discernir entre o que é diet e o que não é!

Chocolat idiot cake (bolo de chocolate para idiotas)




Nesta versão, o comensal também acrescentou uma ganache espessa sobre o bolo
 


Este é o tipo de bolo que costumo fazer muito e adoro. Não o subestime! Ele tem esse nome justamente por ser muito fácil de fazer e seu resultado excepcional. Também conhecidos como flourless cakes, essas variedades não levam farinha e ficam extremamente cremosas quando saídas do forno. O Viena tem o seu, a Nigella e o Jamie Oliver também. Há variações, com creme de leite,  xerem e até mesmo farinha de rosca. Todas são ótimas. Lembre-se de não exagerar! Esta receita, retirei do site do David Lebovitz


Ingredientes

Chocolate meio amargo (290g)
Manteiga sem sal (200g) – margarina não funciona aqui, ok?
Ovo (5) – devem estar em temperatura ambiente
Açúcar (200g)

Modo de fazer

Pré aqueça o forno em 175°C


1 - Unte uma fôrma de 23cm com manteiga e polvilhe cacao ou chocolate em pó, sem esquecer de retirar o excesso. Não se esqueça, vamos fazer banho maria. Se a sua fôrma tem algum furo, cubra toda a extensão dela com papel alumínio

2 - Pique o chocolate e leve-o junto com a manteiga pra derreter em banho maria. Quer usar o microondas? Ok! Faça primeiro com o chocolate e depois adicione a manteiga em pedaços. Ela corre o risco de sorar no microondas

3 - Num bowl, misture os ovos e o açúcar até que fique homogêneo e, então, adicione o chocolate com a manteiga já mais frios. 2 coisas: nós não vamos bater esses ovos porque não queremos uma torta, não queremos que cresça e, principalmente, não queremos aeração. Queremos um bolo consistente e baixo. Outra coisa: assim que adicionar o chocolate, ele deve estar de morno para frio e você deve mexer rapidamente. Use um pano em baixo do bowl para que ele não saia do lugar

4 - Certo! Despeje a mistura em sua fôrma e agora coloque-a numa fôrma retangular ainda maior. Leve tudo ao forno pré aquecido e lá despeje a água quente até eu alcançar metade da altura da fôrma

5 - O último toque é adicionar um papel manteiga levemente jogado por sobre o bolo. Isso evitará que doure rápido demais ou fique seco no topo e rache, muito embora haja umidade do banho maria

6 - Vamos assar por 1h e 15 minutos. O segredinho é assim: você pode introduzir um palitinho porque não há fermento, não é bolo esponja e não corre o risco de perder volume. Ou você também pode sacudir e observar se as bordas estão infladas e consistentes enquanto o meio ainda mexe um pouco. É o ponto certo. Em hipótese alguma deixe o meio do bolo inflar ou espere bater com a mão até que retorne, como um bolo convencional. O resultado será seco e desprezível.

7 - Seu bolo não está cru, os ovos estão cozidos, mas a consistência e umidade se mantiveram. A velha teoria do petit gateau. Deixe que seu bolo esfrie sob uma grade Wilton

8 - Este bolo fica mole em temperatura ambiente e endurece na geladeira, como na foto. Sirva acompanhado de sorvete, crème anglaise ou chantilly com baunilha. Também combina maravilhosamente com calda de frutas vermelhas.

9 - Se quiser fazer uma ganache espessa, utilize chocolate e creme de leite fresco na proporção 2:1. Derreta o chocolate, acrescente creme de leite líquido e, por fim, incorpore chantilly. Despeje esta mistura sobre o bolo já frio e leve ao refrigerador.

Conservação: o bolo pode ser porcionado, embalado e mantido sob refrigeração por 3 a 4 dias

Nossa, agora fiquei com vontade de fazer essa mesma receita, mas utilizando doce de leite...hummmm!



Related Posts with Thumbnails

Canal Cozinha   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

TOP