terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Buenos Aires: primeiro dia

Exceto pela viagem de aviao - 6 horas com apenas 2 lanchinhos, num diminuto españo entre as pernas -, devo dizer que nossa chegada se deu sem maiores aborrecimentos. Assim que chegamos, Buenos Aires toda resplandescia em tristeza por conta do jogo. Nós, sabendo do verdadeiro espírito que reina acá, procuramos conter nossos humores e chistes, pués la gente no estava na amigable.

Pegamos um taxi para el hotel. Taxis acá sao ridículos de tao baratos. Faz-se praticamente tudo com eles, de ir a uma loja distante a shoppings e restaurantes. Para que voces tenham uma idéia, a maior distancia que percorremos, entre Ricoleta e Calle Cochabamba (regiao que fornece produtos de gastronomia e confeitaria) nao deu mais que R$ 12. Taxis para a Santa Fé, Calle Florida, Caminito, mais baratos ainda.

Há muitas lojas de roupas, sobretudo las e artigos de couro de várias espécies. Uma blusa de la gorda, mesclada, com zíper e gola nao passa R$ 50. Casacos de pele de alpaca, se encontrados em promoçao, podem ser encontrados a R$ 120; se couro, mais baratos ainda.

Isso foi só para que tenha uma idéia. Ao longo dos posts, vou comentando mais sobre serviços e comércio. Quero voltar agora para o momento em que aterrisamos, pela tarde. Restou-nos muito pouco tempo, apenas para comer. O rapaz da recepçao nos indicou o Brocollino. Eu vou abrir um parágrafo, a parte, só para falar desse lugar bom da porreta.

A especialidade do Brocollino sao as massas frescas. Um prato muito bem farto de sorrentinos de mozzarella com jamón em molho de shitake (só para vcs terem uma ideia). nao passa de R$ 15,00. Eu disse um prato farto, comer até nao aguentar mais, vem em prato fundo, com direito a paozinho e tudo.

De bebida, pedi uma simples e sem graça Fanta. Qual foi a minha surpresa ao perceber que a dita cuja também era muito mais especial que a nossa. Em SP, a Fanta é doce, melada, cheia de gas e corante (quese nao se ve através dela). A Fanta que tomei aqui, antes de tudo, nao vem em latinhas. A maioria dos lugares vai te trazer em vidro, bastante vintage. A primeira vista, ja se percebe, é mais translúcida. Mal se chega a boca e também se nota outra coisa: nada daquelas bolhinhas irritando o nariz ou o céu da boca, a medida exata para um refrigerante. O sabor, fecha com chave de ouro, mais acido e intenso em frutal. Custa-me acreditar, mas, muito embor pertença a rede Coca, o xarope nao deve ser o mesmo, MESMO! Eu preciso falar da Sprite?

A sobremesa, pedi um sorvete de Mascarpone com calda de frutas vermelhas. Gente, frutas vermelhas aqui para eles é refugo. Tem em todos os lugares. Assim que vi groselhas frescas sobre meu sorvete, eu comecei a surtar. Em SP, groselhas frescas sao uma raridade, um absurdo de dificil, se nao encontradas no Mercado Municipal.

Sorvetes do tipo gelato aqui, artesanais e maravilhosos, sao um refugo. Há para todo lado e os sabores sao incríveis. As melhores marcas (em ordem decrescente) sao a La Valenciana, Persicco e Freddo; acreditem se quiser, todas dos mesmos proprietários. Na internet, os mochileiros variam muito entre si, mas o consenso entre os moradores locais é a Valenciana. Vou falar mais a frente dela.


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