sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Por uma sexta-feira 13!

E ae, pessoas? Tenho muitas novidades para vocês. Antes de tudo, tenho que me desculpar pela diminuição na frequência dos posts. Chef por profissão, eu também tento administrar meus clientes e seus pedidos. Sabe como é, o cliente faz uma encomenda e indica para a vizinha que, por sua vez, dá ao namorado e este quer conduzir tudo ao banco, para os mais de 30 funcionários. Enfim, pode soar clichê, mas o fato é que quando se faz tudo com dedicação, não tem como falhar.

Estou também sem minha máquina fotográfica e meu processador Philips Walita, que quebrou com menos de 1 mês de uso. A dor de cabeça com este último já se prolonga por mais de 2 meses. A Walita, na verdade, enviou o copo rachado na alça e alega que eu o quebrei no transporte e não eles (que levaram 1 mês para enviá-lo até a assistência em SP). Não adiantou eu lhes dizer que sou chef, que preciso do aparelho para melhores resultados nas pâtes. O desserviço é tão grande, que já começa no 'Alôr' das atendentes. Procon neles!

Males de lado, vamos falar das coisas boas... Eu estou em vias de lançar meu mais novo projeto e site, o Santo Paladar. Nele, eu te trago toda uma nova proposta em termos de food service, produtos frescos entregues em sua casa, de patisserie a boulangerie, fingerfood e jantares sob encomenda. Tem de tudo um pouco: tortas, quiches, pães, muffins, cupcakes, brigadeiros gourmet, pães artesanais, biscoitos, licores, canapés e até sorvetes... Vocês talvez não acreditem, mas o ponto de partida foi o curso de decoração de bolos que fiz no Senac.

Ninguém melhor do que eu para saber das vantagens e aplicações da pasta americana. Poder fazer um bolo com antecedência e encapsular sua umidade e sabor por debaixo de um manto de açúcar é bom por um lado e ruim por outro. Adoro os desenhos e todo o trabalho artesanal, os bichinhos...rs... Eu, no entanto, como espanhol de sangue e italiano de rua, sou muito mais gamado num chantilly, num marshmallow, num glacê de limão ou cream cheese. Sabe como é, essa 'comodidade' na cozinha, o bonito no lugar do saboroso, acabou me irritando. Foi quando resolvi apostar nos produtos frescos e sazonais, voltar a fazer o que havia de melhor em períodos não menos gloriosos da era vintage.

De fato, manipular massas italianas, massa podre, canapés, mini bites e sanduichinhos, frutas secas, amendoas, limoncello, compotas, doce de leite caseiro, brigadeiro de chocolate belga, macarrons...ah, sim! Um urra para as delicadezas! Isso sim é uma benção, é para isso que vale a pena viver e ser chef. Pensava eu que a razão de meu maior prazer residia em confeccionar e, por vezes, desfrutar do que eu fazia, mas ledo engano. Diagnosticado recentemente com hipoglicemia, eu aos poucos tive de abrir mão do prazer. Algo incrível então aconteceu...

Comecei a trocar os testes em cozinha pelas receitas certas, sem falhas. Não havia mais tempo para comer por prazer; apenas degustar. Eu passei a me contentar com as pessoas comendo ao meu redor e eu apenas dedilhando uma migalha de muffin de blueberry, e sabe o que mais? Eu estou feliz! Realmente, fazer e ver os outros felizes e você magro é ainda mais gratificante do que comer o que você faz. Lição nº2, aprendida e assimilada!

Você também sente uma certa culpa quando vai testar receitas e elas envolvem açúcar, farinha e outros 'engordantes'? Não sinta! Sabe, você pode comer de tudo, contanto que manere, saiba combinar os alimentos e perca suas calorias sem acumulá-las. Mas isso é assunto para outro post, não?

Eu quero terminar este desabafo relatando a vocês meu quinto episódio em que fiquei preso num elevador. Nesta sexta, a convite de minha irmã, fomos assistir à peça 'O desabrochar da primavera'. A peça em si é excelente. O inconveniente foi o maldito elevador, deu um tranquinho quando completaram 13 pessoas e, assim que as portas se fecharam, parou de vez. Até aí, tudo bem! Por mais que a tecnologia tenha superado as famosas lendas urbanas, por mais que lá houvesse ar condicionado e sistema de segurança, o velho pânico veio bater à porta. Apenas imagine, dividir um elevador com outras 12 pessoas, todas elas apresentando reações esquisitas a poucos minutos compartilhados no espaço diminuto! Celular? 'Sem sinal'.

Uns riam, outros se diziam em pânico. Minha prima começou a tirar a roupa, dizia que estava com calor, por mais que o ar estivesse a mil. Pressionamos o alarme e o rapaz respondeu dizendo que o socorro estava a caminho. Esperamos mais uns 10 minutos e nada... Foi quando tocamos a campainha de novo, todos gritando. E o desgraçado respondeu 'Não adianta gritar, não vai mudar nada!' Ah, o desserviço brasileiro, o desserviço! Maldita sexta feira 13! Eu que não acreditava, agora bato 3 vezes.

 (rs)

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