sábado, 3 de outubro de 2009

Moros y Cristianos




Outra dessas gastronomias riquíssimas, mas depreciadas pelo mundo pop fashion gourmet é a cubana. Em sua policromia, a influência que mais se destaca não é do Caribe ou da África do Norte mas, sim, da cultura espanhola; ainda mais quando consideramos Cuba como a primeira e última colônia espanhola no Caribe. Ou que Havana, durante a era colonial, não era mais que um porto por onde transitavam imigrantes de toda espécie, sobretudo espanhóis. Não é preciso dizer, muitos dos pratos cubanos tem seu devido pezinho lá na região de Andalucía.

1961 é uma data emblemática nessa agastronomia, uma vez que os EUA intervém em Cuba proibindo suas relações com a então União Soviética. O resultado foi todo um novo panorama; cortadas as importações, os cubanos tiveram de procurar novos ingredientes para manter a economia aquecida. É preciso esclarecer; enquanto que em Cuba não há relatos da influência americana na alimentação, nas comunidades de imigrantes cubanos - localizadas nos EUA, como Miami -, a influência americana é muito mais presente.

É nesse período que temos todo um novo arsenal de produtos na alimentação desse povo: de grãos, a massas, pizza e iogurte. Frango e peixe com destaque sobre a carne de porco enquanto a carne de vaca e a banha quase desaparecem em seu cardápio.

A comida cubana hoje baseia-se, na maioria, em raízes e tubérculos, como malanga, batatas, boniatos e yucca. Também, alimentos mais ricos em amido, como banana e arroz. Alguns dos pratos com maior destaque são o leitão assado, frango ao molho, a tortilla - espécie de omelete totalmente diferente da tortilla mexicana à base de farinha - e Moros y Cristianos.


Prato popular e de origem espanhola, Moros y Cristianos é servido na festa de São Jorge que comemora a 'Reconquista'. A história por trás do prato diz que os feijões pretos representam os muçulmanos enquanto que o arroz seria os cristãos. Em celebração a esse período, em que se deu um verdadeiro embate entre essas duas crenças, os festivais terminam com a encenação de batalhas: os cristãos sobre cavalos duelam contra os muçulmanos sobre camelos e os derrotam.




Lembrei do nosso carnaval




Moros Y Cristianos (Cuba)

Feijão preto (100g) -  vamos deixar de molho ou cozinhar na pressão
Arroz (100g)
Costelinha de porco (100g)
Bacon (50g) - cortar em cubinhos
Cebola pérola (1) - fatiar. Pode substituir pela pêra
Alho (1) - brunoise
Pimentão verde (½u) - toras fininhas
Azeite extravirgem (20ml)
Louro (1 folha)
Tomilho (Q.B.) - não deixe de fazer a receita se não achá-lo.
Orégano (Q.B.) - não esqueça de esfregar nas mãos
Sal (Q.B.)


Modo de fazer


1 - Vamos cozinhar nosso feijão e, assim que estiver pronto, reservar o caldo e o feijão separados. Essa mistura de arroz e feijão cozidos juntos lembra vagamente um baião de 2, não? rs

2 - Dourar o bacon e a costelinha na própria gordura e reservá-los

3 - Nessa mesma panela, vamos aquecer o azeite, suar o alho, depois a cebola e por último o pimentão

4 -  Agora acrescentamos o arroz e cerca de 200ml do cado da cocção do feijão. Temperamos com a folha de louro, o tomilho, orégano e sal.

5 - Assim que essa mistura ferver, vamos adicionar o feijão, a costelinha e o bacon já fritos

6 - Decore com tomates em cubinhos, coentro ou salsinha picada. Servir quando todos os ingredientes estiverem cozidos.



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