segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Atualizando a cuccina!!!

Gente,

Preciso criar vergonha e atualizar o blog com receitas portuguesas, espanholas, toda a apostila de panificação, confeitaria...ai ai...vai dar trabalho, mas no final, vai valer a pena...rs

Nosso evento de TCC correu super bem. A Silvia Gentil, sem dúvida, é uma mulher muito criativa e de pulso firme. Quero muito voltar a trabalhar com essa criaturinha meiga e sincera. As meninas também tocaram muito bem...Bruna, Alana, o sorvete de canela em pau da Sabrine, show!

Nosso evento foi elogiado pelos professores e comentado na coordenação. Maravilha! Espero que renda muitos frutos e que isso se reflita positivamente para todos!

Agora eu tenho que me encontrar com o Guga e agilizar o album de fotos; no mais, atualizar o palatável com fotos do evento.

Deixando de lado a facú, estou hiper feliz e atolado de pedido. Esta semana, me dediquei aos investimentos. Como ando recebendo muitas encomendas, fui atrás de embalagens bem legais e bonitas para meus produtos. Minha geladeira, óbvio, não deu conta dos pedidos de bolos, massas, biscoitos, limoncello, até sanduíche de metro me pediram. Então, porque não? Resolvi comprar outra...sim, vou ficar com 2 refrigeradores...muito mais barato e divertido do que aqueles trambolhos industriais com porta de vidro.

Adquiri também potes para dar continuidade à minha própria produção de geléias e compotas, chutneys e muito mais. Os produtos virão etiquetados e com lacre de segurança...ainda estou definindo preços...Mas já penso em mostarda de cremona, geléia de tangerina e muitas outras delicatessens.

E se você for como eu, gostar de um jantar bem requintado, adquiri também uma travessa absurda de italiana na Camicado e outra na Presentes Mickey...lindas e grandes...para fazer banquetes, pois sim!

Porque adoramos tudo isso!!!

Bjão e aguardo encomendas

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Aos leitores...

Pessoas,

Desculpem a ausência! Estou em pleno TCC, 2 semanas para terminarem as aulas e me formar em Gastronomia pela Anhembi. No mais, como se não bastasse, também pegando encomendas de fim de ano. Só correria! Mas atenção, logo mais retornarei com receitas espanholas e portuguesas para incrementar nosso livro.


Espero que estejam gostando do trabalho e aguardo suas sugestões!



Bços



Marcel Pitelli
personal chef

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aos leitores...

Amigos,

Desculpem a demora, mas na Anhembi está uma correria...módulo de francesa, TCC, e ainda por cima, resolvi fazer um curso de decoração de bolos...rs...Já viu, né?

Mas prometo retornar dentro de poucos dias com receitas e posts fresquinhos!

Me aguardem!

Bção!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fried Green tomatoes (Tomates verdes fritos)




Quem é que nunca quis degustar essa iguaria? Como retratado no filme, o tomate verde frito é uma preparação do sul dos EUA, mas também feito ao norte. Atendendo a pedidos, fiz uma resenha sobre o filme e encontrei a dita cuja da receita. Eitah vida de gastrônomo!

Lançado nos EUA, em 27 de Dezembro de 1991, o filme deriva do livro de Fannie Flagg. Nominado com dois Oscars, também recebeu outros 6 prêmios e 6 nominações.

O feminismo foi um dos temas da história, manifesto através do bordão ‘Towanda’, muito usado pelas mulheres dos anos 90. Outro tema muito recorrente, o lesbianismo, ficava nítido através da relação de Idgie e Ruth muito bem aceita pela cidade e no café. Embora muitos críticos discordem dessa visão, o filme recebeu prêmio pela Aliança gay e lésbica contra a difamação (GLAAD). Outros temas são o envelhecimento e a comida. As receitas do filme estão no final do livro.

O WhistleStop é baseado no Café Irondale em Irondale, Alabama e que funcionou entre 1915 e 1935. Ainda em operação e graças ao filme, o restaurante tem como carro chefe os tomates verdes fritos, cuja  receita vocês conferem após a história do filme.

Tomates Verdes Fritos tem início no ano de 1985, quando a dona de casa Evelyn Couch (Kathy Bates) precisa visitar sua sogra numa enfermaria do estado do Alabama. Procurando evitá-la, Evelyn acaba conhecendo outra paciente, Ninny Threadgoode (Jessica Tandy). Assim que, de forma muito simples, o espectador é surpreendido através de 2 histórias justapostas que, aos poucos, vão uma se costurando à outra: de um lado, somos convidados junto de Evelyn a ouvir a história de vida da senhora Threadgood e o WhistleStop Café; do outro, embarcamos também no dia e dia de Evelyn, suas frustrações e a evolução de sua personagem na trama por conta da experiência que adquire com a idosa.









Uma das cenas mais hilárias. Aqui em São Paulo falta um pouco de Towanda






Adotada desde pequena pela família Threadgoode, Ninny se casa com um dos irmãos. Seu primeiro amor, no entanto, foi Buddy Threadgoode (Chris O'Donnell) cuja irmã mais nova se chamava Idgie. Num dia fatídico, ao brincar com a linha do trem, Buddy acaba ficando preso e morre. Idgie (Mary Stuart Masterson) que o tinha como maior exemplo, com quem havia aprendido todo o charme e forma de lidar com a vida, fica devastada. O quadro só se reverte quando à casa Threadgoode chega um novo familiar, Ruth Jamison (Mary-Louise Parker), que tinha vindo à cidade para dar aulas sobre a bíblia.


Enquanto Idgie é travessa e masculinizada, lida com homens e cartas como ninguém, Ruth é o perfeito retrato da mulher do inicio do século XX, presa aos ditames da sociedade e formatada para constituir família. Não é para menos, como percebem a família e os empregados nitidamente, Idgie passa a manifestar uma incrível afeição por Ruth. Nesse exato momento, a trama é novamente desviada do trivial e Ruth deve partir, já que prometida ao marido na Georgia. Antes deprimida, Idgie agora se entrega a uma paixão platônica, passando a beber e viver nos bosques.


Ao criar coragem para visitar Ruth na Georgia, Idgie nos mostra a outra face de uma sociedade hipócrita através dos abusos que Ruth sofre pelo marido alcoolatra Frank Bennet (Grayson Fricke). A vida das personagens tem uma reviravolta quando morre e mãe de Ruth e, agora desamparada, ela envia uma página da bíblia a Idgie, onde se lê: “O seu povo é o meu povo e o seu Deus o meu Deus, aonde você for, eu também irei”. Em resposta, Idgie retorna à casa Bennet com seu imão Julian e Big George, filho da cozinheira Sipsey (Cicely Tyson) para resgatar Ruth, agora grávida.

É com o dinheiro do pai que Idgie decide tocar o WhistleStop Café, sustento não só de Ruth e seu filho, mas também de Sipsey, Onzell e Big George que irão se casar. Adquirindo fama pelo churrasco de Big George, o WhistleStop foi parada obrigatória durante a depressão de 1929. Espécie de casa aos desafortunados, o café também foi alvo de discórdias e do Ku Klux Klan, pela recepção dos negros e preços mais baixos a eles. Repentinamente, o marido de Ruth desaparece e aí que a trama ganha ainda mais tensão, com a presença constante de policiais e interrogatórios.


Nesse ponto, a protagonista onisciente Evelyn decide dar novo rumo à sua vida, quando emagrece, se impõe ao marido e desafia todos que fiquem em seu caminho. Sob o alter-ego Towanda, ela decide trabalhar com a "Cosméticos Mary Kay" e tomar hormônios para a menopausa. É incrível perceber que temas tão radicais aos anos 80 eram sugeridos pela senhora Threadgoode.


Com o passar da Segunda Guerra, as personagens entram os anos 50 com outras 2 fatalidades: o filho de Ruth perde o braço para o trem e sua mãe acaba morrendo de câncer. Logo depois, quando o carro de Frank Bennet é encontrado no lago à frente do WhistleStop, Idgie e Big George são detidos pela polícia. Durante o julgamento, em agradecimento a Idgie por ter tirado o filho da cadeia, o padre local defende os acusados, dizendo que estavam num festival de 3 dias e não estariam envolvidos.


É só no final que a trama se costura, quando Sipsey tenta proteger o filho de Ruth contra o seqüestro pelo pai e o ataca com uma panela. Como sugere o diálogo das personagem, Big George fez churrasco de Bennet enquanto que sua cabeça, Sipsey a enterra no jardim Threadgoode em resposta às superstições locais.


No livro, o final é diferente... Evelyn recebe uma ligação sobre o falecimento da senhora Threadgoode. Ao visitar a lápide de Ruth, ela encontra um recado lá colocado momentos antes. No epílogo é revelado que Idgie ainda está viva e agora vende mel numa loja local.

Na receita, os tomates são cortados na espessura de 0,5 cm, imersos em buttermilk e empanados com fubá, migalhas de pão ou farinha. Então, são fritos em óleo quente ou gordura por cerca de 3 minutos em cada lado até que as extremidades fiquem douradas. Da mesma forma, podemos passá-los em ovos batidos antes da farinha, sempre adicionando sal e pimenta.


É ideal jogar a gordura sobre o tomate com uso da escumadeira; assim, cria-se uma película crocate sobre o tomate, o que impede que a farinha se disperse na gordura. Pode-se usar também a gordura resultante da fritura do bacon no café da manhã.







Tomates Verdes Fritos


Ingredientes

Tomates verdes - 3 a 4 unidades
Farinha de trigo (1 1/2 xíc.)
Fubá (1/2 xíc.)
Leite - Q.B.
Sal e pimenta preta moída - Q.B.
Óleo vegetal - Q.B.


Modo de fazer

1 - Misture a farinha, o fubá, o sal e pimenta

2 - Adicione leite suficiente até criar uma massa densa e espessa

3 - Aqueça o óleo e lembre-se que está é uma fritura sob imersão. Então, no mínimo uns 2cm de óleo

4 - Empane os tomates e respingue o excesso

5 - Se faltou sal, acrescente mais um pouco agora



Espero que gostem. Abração!

White hot chocolate (Chocolate quente branco)





Receita de chocolate quente feito com chocolate branco da Martha Stewart. Já fiz variações com especiarias, manteiga, chocolate branco e meio amargo...mas branco com creme de leite é novidade. Bom, e a Martha é incontestável, né? A mulher tem poder!

Ingredientes

Creme de leite (2 xíc.)
Leite integral (6 xíc.)
Chocolate branco (340g) - vamos picá-lo bem pequeno
Extrato de baunilha (1 col. chá)
Chocolate meio amargo (40g) - este aqui, vamos usar um descascador, para decorar



Modo de fazer

1 - Leve o leite e o creme de leite juntos ao fogo até que a mistura entre em simmer. O processo eva cerca de 4 minutos. Não deixe ferver!

2 - Coloque o chocolate branco picado num bowl e sobre ele despeje essa mistura quente. Mexa suavemente com uma colher de silicone

3 - Acrescente o extrato de baunilha e agora para para um fouet. Bata a mistura levemente para que incorpore ar. Estará pronto quando a consistência subir um pouco

4 - Sirva decorado com os tuilles de chocolate meio amargo ou com marshmallows


Rendimento: 8 xícaras

Chicken Spaghetti Casserole




Ainda que não seja gastronomia, a receita de Paula Skelton foi vencedora da Feira Estadual do Texas e aclamada por ninguém menos que a Oprah Winfrey. Será boa? rs


Ingredientes

Frango grande e com pele (1)
Spaghetti (1 pacote)
Óleo de soja (1 col. sopa)
Pimentão (1) - picado em cubos, pode ser de qualquer cor
Cebola pêra (1) - cubos médios
Salsão (1 bulbo) - cubos médios
Sopa de cogumelos (1 lata) - se não encontrar, substitua por sopa de cebola ou cogumelo em pó
Tomate pelatti (2 latas)
Queijo Velveeta (2 xícaras) - pode substituir por um bom cheedar cremoso
Água (500ml)


Modo de fazer

1 - Lave o frango com água fria e limão, se desejar

2 - Coloque-o inteiro numa panela de bom tamanho e adicione 500ml de água

3 - Ligue o fogo e conte de 30 a 40min logo que começar a ferver

4 - Assim que estiver macio, reserve o frango e passe o fundo por um chinois ou coador de malha fina

5 - Com o frango, remova a pele e os ossos. Pique a carne e reserve

6 - A panela onde você cozinhou o frango, seque-a! Coloque o óleo e sauteie o pimentão, cebola e salsão. Reserve

7 - Ainda nessa panela, coloque o fundo de frago, os tomates e a sopa em pó

8 - Assim que ferver, coloque o spaghetti, quebrado em 3 partes

9 - Quando o spaghetti estiver pronto, não o separe do molho! Adicione o frango picado e leve tudo para um refratário

10 - Agora coloque o queijo e leve ao forno pré aquecido em 180ºC por cerca de 1h




Bom apetite!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cinnamon cayenne ice cream (Sorvete de canela)




Não o subestimem no lugar dos triviais chocolate ou morango! Delicioso sorvete e este aqui leva ambas as canelas, em pau e em pó. Ainda não o fiz em minha maquininha, mas garanto a vocês, quando o provei, não conseguia parar mais...rs...Acompanha maravilhosamente bem uma tarte tatin ou simplesmente maçãs assadas. Antes, que tal apresentar a vocês estas maravilhosas maquininhas?





Para quem ainda não conhece, a Cuisinart tem este excelente produto e que está à venda no Brasil. Infelizmente, a cor vermelha é das mais difíceis. A branca, vocês encontram em lojas como a Doural, a Spicy ou a casa Santa Helena. Servem tato para sorvetes à base de custards ou merengues, como sorbets, gelatos e frozen yogurt (meu preferido)





Este é um dos modelos novos. A vantagem é que faz o dobro de sorvete em comparaçao com o modelo anterior






Já esta aqui é a top de linha. Chega a custar mais de R$ 2.000 em alguns lugares, mas garanto que vale muito a pena. A diferença neste modelo é que ele já possui uma câmara de resfriamento internamente. Ou seja, embora a capacidade seja a mesma que do primeiro modelo - no máximo 500ml -, ele reproduz as sorveteiras industriais sem que você tenha de levar suas misturas à geladeira.


Chega de papo e vamos encarar este sorvete!


Ingredientes

Leite Integral (225ml)
Canela em pau (1)
Gema de ovo (3)
Açúcar cristal (100g)
Canela em pó fresca (1 col. chá)
Creme de leite fresco (450ml)


1 - Leve o leite ao fogo com o pau de canela. Assim que o leite entrar em simmer, desligue o fogo e aguarde 10 minutos para a infusão de canela. Então retire o pau de canela.

2 - Num bowl, bata as gemas, açúcar e a canela em pó apenas para homogeneizar

3 - Agora tempere as gemas com parte do leite do quente e então despeje tudo. Volte à panela para cozinhar

4 - O custard ficará em fogo baixo de 8 a 10min. Preste atenção às costas da colher. Ele encorpa levemente, mas se permaecer tempo demais, o ovo cozinha. Lembre-se que não há nenhum espessante, como amido de milho para proteger as gemas. Então, olho na temperatura! Caso tenha um termômetro, não deixe passar os 65ºC.

5 - Seu custard está pornto, retire-o da panela ou ele continuará cozinhando. Faça um banho de maria com gelo e coloque papel filme por contato para não criar película.

6 - Lembra do creme de leite? Vamos batê-lo até o ponto de crème fouettée, ou seja, um ponto anterior ao de picos. Vamos lá, divida a mistura em 3 partes. A primeira delas, misture ligeiramente ao custard para que a densidade diminua. Agora será ainda mais fácil incorporar as outras 2 partes. Para cada uma delas proceda da mesma forma: usando uma colher ou espátula de silicone no lugar do fouet, vá de baixo para cima, dos lados para o centro sem exercer força ou rapidez. A idéia é incoporar o máximo de ar possível em seu sorvete. O Cordon Bleu, neste ponto, ao invés de creme de leite, sugere um meregue italiano (feito com uma calda de açúcar a 114ºC e claras, tudo batido em batedeira até que o bwol esfrie). É uma ótima sugestão, mas não para esta receita

7 - Certo, vamos levar o sorvete num recipiente de metal para o freezer. Caso você não tenha uma máquina de sorvete caseira, aguarde até que se formem os cristais por cerca de 3 horas. Retire a mistura e bata com o fouet, repita esse processo várias vezes e, se desejar, utilize um processador ou a batedeira para quebrar os cristais.

8 - Você não tem paciência? Ótimo! Faça uma calda, banhe uma fôrma de metal e leve o custard ao freezer para endurecer como um semifredo. Então, você terá um belo sorvete enformado e de corte, outra pedida muito boa

9 - Agora, para você que tem uma máquina de sorvete como eu, não basta jogar o custard frio no bowl de metal. Antes devemos proceder da mesma maneira que sem a sorveteira, deixar nosso custard no freezer até que crie cristais. Somente então, levamos essa mistura ao bowl e ligamos a máquina de sorvete

10 - Lembre-se, o que a máquina faz é abaixar a temperatura do custard enquanto nele incorpora ar simultaneamete. Esse é o segredo dos melhores sorvetes, sorbets e gelatos, independente se levam ou não estabilizante

11 - Olha aqui uma forma legal de servir aos convidados:







Espero que gostem, pessoas!

domingo, 8 de novembro de 2009

ENADE 2009





Hoje fizemos o ENADE. Combinei de me encontrar logo cedo com a Maithe e fomos ao shopping Tatuapé almoçar. Chegando à tal escola aonde fomos designados, a galera Anhembi lá estava em peso. Devia haver outros cursos, mas gastronomia parecia imperar; qualquer pessoa com quem se trocasse verbo, falava em comida, restaurante e fadiga...rs...o de sempre!

Excetuando as questões de nível específico, a prova foi até que razoável. Pudera! Logo após exaustivas 4 palestras sobre o 'incidente', quando fomos preparados a falar e muito bem do curso, nao podíamos esperar nada diferente.

Assim que terminei, tomei meu rumo. No caminho para casa, fui recapitulando algumas das questões, e logo me veio à mente um ponto tomado pelo professor Luiz Araujo, se o curso nos fornecia ferramentas para compreender a realidade social brasileira. De fato, ainda que não possamos nos gabar disso, de termos  esse olhar sociológico, vale lembrar, a prova tinha questões não menos importantes em peso. Então, se não temos esta compreensão por que cargas d'água ela permanece sendo estimulada, através do ENADE, das mídias, da Nutrição moderna? Será hipocrisia nossa, uma face que negamos ver? Será que o empratado é sempre belo e colorido, sem que a faca seja torta, a cerâmica quebrada?

Quando nos perguntaram qual a razão do ENADE intervir no curso, pensei em quanta falta nos fazia um olhar mais profundo à realidade brasileira. É bem certo que porcionar bifes e confeitar bolos não mostra o enorme abismo que aqui se estende entre ricos e pobres; contudo, quando se trata de desperdício, coleta seletiva e tantos outros temas relacionados à sustentabilidade, levamos a culpa na carteirinha. Esta sombra entre o glamour e os conflitos sociais, nós a representamos através do que é mais básico e necessário a todo ser humano: a comida

Mas se isso nos assusta, a gastronomia vai muito além, explorando o exagero e o absurdo. Quantos restauranteurs lucram enormes cifras em cima de malditas espumas vazias de manga? Em culturas como a nossa, de herança latino-americana e influência estrangeira, a ambiguidade no termo torna a situação ainda mais discutível: pois se de um lado a gastronomia não alcança os meios de comunicação, se expondo a todas as classes sociais; por outro, assim deve permanecer, à custa de perder sua conotação junto à luxúria.

Longe de mim cuspir esta água que bebo, mas se vamos difundir esta cultura ao país e o mundo, uma consciência se faz necessária. Mais do que isso, e como dizem muitos pensadores da modernidade, nos falta colocar as idéias em prática. E isso, meus amigos, está muito bem ligado à nossa formação de valores.

Se o aluno tem ou não o conteúdo para realizar esta e tantas outras provas da vida, é fato que educação e caráter se adquire em casa e na vida. Falando nisso, onde é que foram parar as antigas formas de se inflar o caráter, a ética e moral, como se costumava fazer nas milenares culturas grega e romana? A esta altura, quantos devem estar rindo...Ora, hoje em dia, falar em ética e moral é tanto ou mais surreal do que mencionar a boa e velha honestidade, talvez uma vaga lembrança da época em que nossos pais e avós eram obrigados a estudar filosofia e francês no colégio, entoar o hino todo santo dia pela manhã.

Pobre ENADE e govero que se importam com o desenvolvimento do sistema educacional, que imprimiram a prova em cores! Quantos zombaram dessa avaliação, fizeram-na com desdém ou deixaram a prova com inúmeras reclamações, perdi as contas! Se a corrupção ainda impera, o marasmo e conformismo...a prova nada tem a ver com isso!

No setor de gastronomia, o empregador, infelizmente ainda dá muito valor ao peão, que pouco tem em conhecimento e qualificação, mas muito pelo trabalho mal remunerado. Essa situação, já ouvi dizer, nao se diferencia nem ao menos nas nações mais desenvolvidas. Muito de encontro, me parece estar esse jovem da modernidade, recém saído dos fornos nos anos 90, julgando tudo pronto e indispensável, como um celular e MP3... indolente, individualista, apático, apolítico!

Parece-me que o ENADE vai mostrar esta outra face, a que se oculta por trás dos rostos, do corpo discente e docente. Mostrar um aluno que pode muito bem saber o tamanho de um maldito brunoise, mas pouco tem a dizer sobre o mundo e suas trasformações. Vai mostrar um professor que também é a reprodução deste sistema falido; que ora nos atende, ora nos vira o rosto, dada a glamourização a que se prende na cultura da arte gastronômica... Pode muito bem vir a picar cebola  melhor do que nós, mas não tem este mesmo apelo pela era da informação, nosso acesso indiscutível à internet e os meios de comuicação de forma tão avassaladora quanto foi para nossa geração.

Enfim, se a nota de corte vai ou não prejudicar os cursos que prestaram o exame, o certo é que o país está mudando aos poucos, demandando níveis de qualidade que, infelizmente, ainda são um reflexo do que está acontecendo no exterior. Essa é a fórmula pós-64 e assim ainda será por muito tempo. A nós então talvez caiba o grande papel de digerir aos poucos uma série de realidades que vão se sobrepondo. Um Rio de Janeiro, palco de mortes e tiroteiros enquanto um dos maiores exportadores de idealismo em novelas e olimpíadas.

Lembrar que fechar os olhos é o mesmo que esquecer, simular uma realidade de falso conforto, negar a si mesmo sem que se dê conta. 'Brasileiro não desiste nunca!' Talvez seja hora de colocar o velho bordão estigmatizador de lado e encarar os fatos... lembrar que, muito embora tenhamos todos nossos desejos e capacidades individuais, que muitos de nós tenham luz e queiram fazer bem ao mundo, infelizmente ainda há muito mal e erro nesta Terra, pessoas atropelando umas às outras, dispostas a tudo por dinheiro. E não me canso de dizer, ainda que seja esta uma sociedade por e pelo consumo, é emergencial, temos de pôr a cabeça no lugar!



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Evento em Mairiporã

Neste sábado, minha irmã e eu fomos para Mairiporã, na casa dos meus tios Sérgio e Marizelli. Chegamos às 18h, fiquei cozinhando até as 23. No dia seguinte, levantei cedo, às 7 e continuei até as 14h.


Menu

Tortelli de zuchero com queijo ao molho pomodori
Namorado assado com salsa de manga e papaya
Alface americana com tomate confit
Panacota diet com calda de frutas vermelhas
Banana da terra assada com calda de goiaba e chantilly de canela em pau
Flan de leche
Batida de pêssego com sorvete de creme
Suco de melancia com morango






Tortelli, salsa e namorado










Meus tios Sérgio e Marizelli
 
 








Minha prima Tassili e minha tia Maria
 
 








Minha irmã Maíra me ajudando com o suco
 
 
 
 
 
 




Minha mãe Sônia e meu tio. Não são iguaizinhos?

Panacota diet




Esta eu fazia praticamente todos os dias no L'Hotel. É deliciosa, leve e não engorda. 9 entre 10 convidados adoram. Diabéticos amam...lembre-se de usar TalQual, Splenda ou Sacarose.



Ingredientes

Creme de leite light Nestlé (4 latas)
Limão tahiti (4 a 5)
Açúcar diet ou adoçante (à gosto)
Gelatina em folha sem sabor (5) - funciona melhor com esta do que a em pó
Yogurte desnatado Nestlé (1) - retire o soro

Para a calda

Frutas vermelhas (morangos, framboesas...) - pode substituir por outra fruta
Hortelã (à gosto) - é para usar um galho inteiro, ok? não só as folhas
Adoçante (à gosto)

Modo de fazer

1 - Limpe as latinhas, abra e despeje o conteúdo num panela média

2 - Esprema os limões e coe para que não fiquem sementes ou fibras

3 - Acrescente o açúcar e experimente. Veja se está ácido e doce o suficiente, mas não demais porque a calda também será doce

4 - Ligue o fogo baixinho. Este doce não precisa ferver. Ele só tem que ficar quente para ajudar a gelatina a dissolver

5 - As folhas de gelatina: coloque-as de molho por uns 10 a 15 segundos em água fria ou morna e retire. Esprema a água e coloque-ás uma a uma na panela junto do creme de leite, o limão e o adoçante

6 - Mexa e aguarde até que comece a aparecer a fervura na lateral da panela, bem de leve. É o momento de retirar do fogo

7 - Acrescente o iogurte desnatado sem soro e bata com um fouet para que fique homogêneo, sem caroços

8 - Utilize uma fôrma de alumínio ou tefal, mas lembre-se de passar um pouquinho de óleo e retirar o excesso com papel. Leve à geladeira por cerca de 3 a 4 horas

9 - A calda: basta levar tudo ao fogo com a hortelã e, assim que ferver, desligar o fogo e refrigerar.

10 - Para desinformar: passe a fôrma no fogo ou água quente

Lembre-se: você pode usar frutas no creme, processar com manga, banana e limão, abacaxi (cozido), morango (cozido), chocolate, montar com gelatina, incorporar chantilly...pode também usar outras frutas para a calda. Só saiba discernir entre o que é diet e o que não é!

Chocolat idiot cake (bolo de chocolate para idiotas)




Nesta versão, o comensal também acrescentou uma ganache espessa sobre o bolo
 


Este é o tipo de bolo que costumo fazer muito e adoro. Não o subestime! Ele tem esse nome justamente por ser muito fácil de fazer e seu resultado excepcional. Também conhecidos como flourless cakes, essas variedades não levam farinha e ficam extremamente cremosas quando saídas do forno. O Viena tem o seu, a Nigella e o Jamie Oliver também. Há variações, com creme de leite,  xerem e até mesmo farinha de rosca. Todas são ótimas. Lembre-se de não exagerar! Esta receita, retirei do site do David Lebovitz


Ingredientes

Chocolate meio amargo (290g)
Manteiga sem sal (200g) – margarina não funciona aqui, ok?
Ovo (5) – devem estar em temperatura ambiente
Açúcar (200g)

Modo de fazer

Pré aqueça o forno em 175°C


1 - Unte uma fôrma de 23cm com manteiga e polvilhe cacao ou chocolate em pó, sem esquecer de retirar o excesso. Não se esqueça, vamos fazer banho maria. Se a sua fôrma tem algum furo, cubra toda a extensão dela com papel alumínio

2 - Pique o chocolate e leve-o junto com a manteiga pra derreter em banho maria. Quer usar o microondas? Ok! Faça primeiro com o chocolate e depois adicione a manteiga em pedaços. Ela corre o risco de sorar no microondas

3 - Num bowl, misture os ovos e o açúcar até que fique homogêneo e, então, adicione o chocolate com a manteiga já mais frios. 2 coisas: nós não vamos bater esses ovos porque não queremos uma torta, não queremos que cresça e, principalmente, não queremos aeração. Queremos um bolo consistente e baixo. Outra coisa: assim que adicionar o chocolate, ele deve estar de morno para frio e você deve mexer rapidamente. Use um pano em baixo do bowl para que ele não saia do lugar

4 - Certo! Despeje a mistura em sua fôrma e agora coloque-a numa fôrma retangular ainda maior. Leve tudo ao forno pré aquecido e lá despeje a água quente até eu alcançar metade da altura da fôrma

5 - O último toque é adicionar um papel manteiga levemente jogado por sobre o bolo. Isso evitará que doure rápido demais ou fique seco no topo e rache, muito embora haja umidade do banho maria

6 - Vamos assar por 1h e 15 minutos. O segredinho é assim: você pode introduzir um palitinho porque não há fermento, não é bolo esponja e não corre o risco de perder volume. Ou você também pode sacudir e observar se as bordas estão infladas e consistentes enquanto o meio ainda mexe um pouco. É o ponto certo. Em hipótese alguma deixe o meio do bolo inflar ou espere bater com a mão até que retorne, como um bolo convencional. O resultado será seco e desprezível.

7 - Seu bolo não está cru, os ovos estão cozidos, mas a consistência e umidade se mantiveram. A velha teoria do petit gateau. Deixe que seu bolo esfrie sob uma grade Wilton

8 - Este bolo fica mole em temperatura ambiente e endurece na geladeira, como na foto. Sirva acompanhado de sorvete, crème anglaise ou chantilly com baunilha. Também combina maravilhosamente com calda de frutas vermelhas.

9 - Se quiser fazer uma ganache espessa, utilize chocolate e creme de leite fresco na proporção 2:1. Derreta o chocolate, acrescente creme de leite líquido e, por fim, incorpore chantilly. Despeje esta mistura sobre o bolo já frio e leve ao refrigerador.

Conservação: o bolo pode ser porcionado, embalado e mantido sob refrigeração por 3 a 4 dias

Nossa, agora fiquei com vontade de fazer essa mesma receita, mas utilizando doce de leite...hummmm!



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Risoto de figo com alecrim e nozes





Ingredients


6 to 8 cups vegetable broth
1/2 cup walnut pieces
3 tablespoons unsalted butter (or soy margarine or olive oil)
1 teaspoon chopped fresh rosemary
1/4 cup minced shallots
1 1/2 cups risotto rice (Arborio, Carnaroli or Vialone Nano)
1/2 cup dry white wine
1 pound ripe green figs (Calimyrna, Kadota or Adriatic), rinsed, stems removed, and cut into 1/2-inch cubes
1/2 cup coarsely slivered Parmigiano-Reggiano cheese

Directions


Bring the broth to a simmer in a medium saucepan. Maintain at a simmer.

Meanwhile, sprinkle the walnuts in a small skillet and toast over medium-low heat until golden, about 4 minutes.

Add 1 tablespoon of the butter or oil and the rosemary. Stir until the butter is melted and the nuts are well coated. Set aside.

Add the remaining butter or oil to a large saute pan and heat to medium-low. Add the shallots and saute until tender, about 5 minutes.

Add the rice and stir until coated, about 2 minutes.

Add the wine and cook, stirring constantly, over medium-high heat until all liquid is absorbed.

Add 1/2 cup of the warm broth. Cook, stirring constantly, over medium heat until almost all the broth is absorbed. Add the remaining broth 1/2 cup at a time, stirring constantly, until the risotto is creamy and the rice is plump and tender with a slight resistance to the bite, about 20 to 25 minutes. Halfway through the cooking add half of the diced figs.

When the risotto is finished, add the remaining figs, half the walnut and butter mixture and half the cheese (if using). Stir to blend. Salt to taste. Remove from heat and let stand for several minutes before serving.

Yield: 4 (1-cup) servings

___________________________________________________________________

Agora a tradução...


Ingredientes

Fundo de vegetais (6 as 8 xíc.)
Nozes (1/2 xíc.) – picar grosseiramente
Manteiga integral sem sal (3 col. sopa)
Alecrim fresco (1 col. chá)
Echalote (1/4 xíc.) – picar. Pode substituir por cebola pérola
Arroz arbóreo (1 ½ xíc.)
Vinho branco seco (1/2 xíc.)
Figo (400g) – lavar, remover os cabinhos e sortar em cubos de 2cm
Parmigiano Reggiano (1/2 xíc.) – retirar lascas com um descascador de legumes


Modo de fazer


1 – Leve o fundo ao fogo baixo e deixe-o em ponto de simmer

2 – Enquanto isso, leve as nozes ao fogo numa outra panela e toste-as até adquirirem um nota defumada

3 – Adicione às nozes 1 col. sopa da manteiga e o alecrim picado. Mexa até que a manteiga derreta e cubra as nozes por igual. Reserve

4 – Adicione a manteiga restante na mesma panela onde você tostou as nozes. Deixe aquecer e adicione as echalotes picadas. Sauteie por cerca de 5 minutos

5 – O próximo passo é adicionar o arroz e mexer rapidamente até que fique todo coberto pela gordura. Mais 2 minutos

6 – Adicione o vinho e deixe o álcool evaporar

7 – Adicione 1 concha do fundo aquecido. Mexa constantemente, mantendo o fogo médio até que todo o fundo seja absorvido. Vá adicionando mais fundo, 1 concha por vez, até que o arroz esteja cozido e al dente. O processo todo leva em torno de 20 a 25 minutos. Lembre-se de adicionar metade dos figos picados quando estiver nesse intervalo.

8 – Quando o risoto estiver pronto, adicione os figos restantes, metade das nozes com manteiga e metade do queijo. Misture e salgue se necessário. Remova do fogo e deixe descansar por alguns minutos.


Rendimento: 4 porções (1 xíc. cada)

Ovos moles de Aveiro







Queridos leitores,


Esta receita portuguesa é usada por várias doçerias em recheio de bolo. Há variações e vou atualizá-las neste mesmo post sempre que possível. Pelo teor dos ingredientes - e por teor, obviamente, me refiro às 20 gemas -, escolhi esta receita por cremosidade. A União tem uma bem antiguinha, que leva farinha de arroz para espessar. Lembre-se sempre de remover a película das gemas, aromatizar apenas no fim da preparação, para que seu extrato ou essência não evapore. Fique à vontade caso queira adicionar aniz estrela, cravo em pau, cardomomo, água de rosas, de laranjeira, zest de limão, suco de laranja (que pode ser que talhe, ok?). Com as 20 claras, faça um pudim ou ilha de claras em creme inglês!


Ingredientes

Água (250ml)
Açúcar (500g)
Gemas (20)

Modo de fazer

1 - Vamos levar a água e o açúcar numa panela e mexer bem para desfazer todos os grumos. Então, levar a fogo médio e não voltar a mexer

2 - Nossa calda deve atingir o ponto de fio, em 114ºC, e então deve esfriar

3 - Retire a película das gemas ou passe-as por uma peneira. Bata-as com um fouet ou na sua batedeira até que aumentem de volume

4 - O próximo passo é adicionar as gemas batidas na calda de açúcar e levar novamente ao fogo. Lembre-se de mexer sempre até que levante fervura.
5 - Retire do fogo e cubra com um PVC de contato. Faça um banho maria de gelo com água e, logo após, monte os ovos moles em tacinhas ou use como recheio de bolo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Raviolis de frango com limão siciliano e molho alfredo





Fiz esse ravioli com o molho alfredo, utilizando a fôrma da raviolamp. Aviso, está quase impossível de achá-la. Fora o Mercado Livre e a Amazon, a Aleisso no RJ parece ser o único revendedor...e lá infelizmente os telefones não funcionam.


Ingredientes

Recheio

Peito de frango (1)
Cream cheese (1 pacote)
Pimenta síria (Q.B.)

Massa

Semolina (120g)
Farinha de trigo (280g) – reserve sempre um pouco a mais
Ovos (4)
Limão siciliano (2) – usar o zest
Azeite extra virgem (1 colher)
Sal e ppg (Q.B.)


Modo de fazer


1 – Misture a farinha de trigo com a semolina e o sal. Faça um buraco

2 – Num bowl, coloque os ovos e bata-os ligeiramente sem que incorporem ar. Adicione as raspas de limão e o azeite

3 – Despeje esta mistura ao centro das farinhas e vá aos poucos aglutinando os ingredientes com um garfo

4 – Assim que chegar a um ponto mais difícil de mexer, use as mãos e continue incorporando

5 – Lembre-se de não usar os restos de massa que ficarem no meio da farinha. São mais difíceis de incorporar depois que a massa muda de ponto

6 – Agora sove sua massa, adicionando a farinha reservada até que a massa solte aos dedos

7 – Passe um papel filme e deixe o glúten descansar por cerca de 1h. Coloque água para ferver com sal e azeite

8 – Enquanto isso, vamos fazer o recheio: rasgue seu frango e leve-o ao processador ou um liquidificador de maior potência. Vá pulsando até o frango se tornar semelhante a um patê. Reserve

9 – Adicione o cream cheese, a pimenta síria e salgue, se necessário

10 – Após 1h de descanso, sua massa poderá ser dividida em até 8 partes. Ajeite-as com os dedos em forma de quadrado ou com uso de um rolo e comece passando em sua Marcatto no rolete 1

11 – Vá afinando conforme sentir segurança e evite puxar. Enfarinha sempre que necessário

12 – A partir de agora você pode tanto usar um cortador, quanto uma xícara ou, no meu caso, uma raviolamp: uma fôrma de raviólis muito prática que solta os quadradinhos de 10 em 10. Neste caso, lembre-se de untá-la com um pouco de óleo

13 – Essa massa já tem o recheio cozido. Portanto, ela não vai demorar a cozinhar, algo em torno de 5 a 7min no máximo

14 – Vá colocando os raviólis num refratário de vidro junto do molho que você escolheu. Eu fiz este prato com o molho Alfredo e levei ao forno para gratinar

15 – Como se trata de um molho mais untuoso e rico em gordura, recomendo um vinho branco seco e ácido como Souvignon Blanc.


Enjoy!

Licor de chocolate branco





Acabei de fazer licor de chocolate branco. A receita é fácil, de bom rendimento e não necessita pegar gosto tanto quanto o Limoncello, que também fiz. Não gostei da versão original desta receita; aguada, forte e o chocolate não se pronunciava. Então, acresci à receita 100g a mais de chocolate e água, o que deixou o licor mais 'licoroso', adocicado e com a vodca mais suave. Afinal de contas, trata-se de um licor adocicado e com seu teor de gordura, e não de uma bebida alcóolica ou coquetel. Você, querido(a) leitor(a), sinta-se à vontade se quiser aumentar o teor de alcool em seu licor...só não combine excessos com volante, ok?


Ingredientes

Chocolate branco (250g)
Água (1 xíc.)
Vodca (300ml) - a receita original pedia cachaça
Extrato de baunilha (1 col. café) - ou essência
Creme de leite fresco (50ml) - ou UHT

Utensílios: garrafa


Modo de fazer


1 – Pique o chocolate e o leve ao microondas para derreter com a água

2 – Num liquidificador, despeje o chocolate branco utilizando uma peneira para evitar resíduos em seu licor

3 – Acrescente a vodca, a baunilha e o creme de leite

4 – Bata na velocidade mais baixa por cerca de 15 segundos

5 – Coloque em garrafas esterilizadas e conserve na geladeira


Espero que gostem...Abração!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Molho Alfredo






Fiz este molho neste final de semana para regar um provocante ravioli de limão siciliano com recheio de frango. A receita básica - logo abaixo desta matéria - me lembrou um molho mãe. Então, sintam-se à vontade caso queiram adicionar gotinhas de limão, raspinhas, mostarda, tomates, embutidos, ervas, ovos, queijos...o mundo é seu!

O molho Alfredo tem seu nome por conta do Fetuccine Alfredo, criado pelo próprio Alfredo di Lelio em seu restaurante Alfredo Allá Scrofa em Roma.



Segundo reza a lenda, Alfredo criou o prato em 1914, como uma variação da receita italiana original ‘pasta al burro’. Época em que os chatíssimos índices de gordura e colesterol ainda eram uma ficção ante o fervoroso mercado de embutidos dos anos 80; então, os cozinheiros ainda se davam ao luxo de adicionar manteiga não só na preparação deste molho, como na finalização e apresentação, o que se chama ‘doppio burro’ ou ‘triplo burro’.

A versão tripla, Alfredo serviu para a esposa que não conseguia manter a comida no estômago durante a gravidez. Assim que a esposa experimentou, melhorou e passou a comer normalmente. Foi a deixa para adicionar o prato no menu do restaurante.

Como era de se imaginar, a receita só foi se popularizar entre os turistas americanos. Assim dizem alguns dos fregueses, que o restaurante de Lelio se tornou famoso quando Mary Pickford e Douglas Fairbanks pararam em seu estabelecimento durante a lua de mel e lá se apaixonaram pelo prato em 1927. Para expressar sua gratidão, o casal presenteou o restauranteur com um garfo e uma colher de ouro, assim como uma foto deles comendo no restaurante.


Orgulhoso, o dono pendurou a foto na parede. Mas foi somente quando os atores retornaram para Hollywood que eles puderam servir o prato para seus amigos, tornando-o aclamado.Assim que, com o passar dos anos, a receita, de boca em boca, se tornou ambivalente, tanto americana quanto italiana.



O nome Fetuccine Alfredo é desconhecido na Italia, onde só se tem notícia da pasta al burro. Na versão italiana, a manteiga é usada em menor quantidade que na versão americana; o creme de leite também é raramente usado.

Alfredo di Lelio se aposentou em 1938, quando vendeu seu restaurante, fotos e tudo o mais para o avô de Mario Mozzeti. O estabelecimento menteve seu nome e menu, mas até hoje ele é conduzido por Mario Mozzetti.

Em 1959, durante uma celebração religiosa em Roma, alguns empresários locais foram em busca de Alfredo para lhe oferecer construir um novo restaurante. Embora aposentado, Alfredo concordou em atuar como um verdadeiro saudador de sua comida. Durante a celebração, muitos dos antigos clientes de Alfredo reapareceram e foram fotografados, tudo o que foi enviado ao novo restaurante.

A expansão do negócio continuou e em 1977 Alfredo II e Guido Bellanca abriram uma nova filial no Rockeffeler Center em Nova York. Outro Alfredo foi aberto no Epcot na Walt Disney de Lake Buena Vista, mas fechou em 2007.

Algumas variações da receita são a utilização de roux, amidos ou queijos mais baratos. Nos EUA, o molho é vendido em casas de produtos alimentícios em sua versão industrializada espessada não com queijo mas amido.

De acordo com minhas pesquisas, esta receita é mais americana do que italiana. Ainda assim, muito saborosa.



Ingredientes

Creme de leite fresco (100ml)
Manteiga integral sem sal (100g)
Queijo parmesão (100g)


Modo de fazer


1 - Vamos levar a manteiga ao fogo numa panelinha e derretê-la, tomando cuidado de usar fogo baixo e afastar a gordura quando notarmos a separação dos laticínios

2 - Inclua o creme de leite e mexa bem, deixando ferver

3 - Finalize com o queijo ralado. Deixe apurar um pouco mais e corrija o sal, se necessário. Lembre-se que o queijo já é salgado.


A finalização fica muito melhor se gratinado, ok?

Mostarda di Cremona







Ao contrário do que muitos pensam, a palavra 'mostarda' nem sempre se refere à famosa Heinz americanizada e condimentada que tanto adoramos em nossos hambúrgueres. Muito mais antiga e artesanal, a Mostarda di Cremona é uma espécie de conserva de frutas imersa em xarope de água e açúcar com mostarda em pó ou óleo essencial.

Mas se isso te causou estranhamento, saiba que o termo ‘mostarda’, antigamente se referia a um molho ou condimento ao mesmo tempo doce e picante; digo mais, que talvez tenha sua origem na uva. Isso porque originalmente ela era feita com mosto de uva ao invés do xarope. O ‘mosto ardente’, produto da colheita de uvas no outono, dessa forma, talvez tenha dado origem ao termo ‘mostarda’. Esse conceito do salgado aliado ao doce e picante soou um leve deja-vu, não?







Diferente da Heinz, hein?





Você, óbvio, já o tinha observado noutras cozinhas, sobretudo nas orientais. A Italia, nesse sentido, reflete algo muito maior que um mapa ou regionalidade, a busca do sabor tanto quanto buscamos entender o metafísico, o invisível e inexplicável.

O receituário clássico diz que devemos cozinhar as frutas separadamente num xarope simples, feito de água e açúcar. As frutas não devem sem cozidas demais, mas permanecer inteiras e com textura, o que nós chamamos de 'fork tender'. Uma vez cozida, a fruta é separada do xarope enquanto este é apurado e adicionado de mostarda e outros ingredientes. A receita, com mais detalhes, vocês conferem logo abaixo, após esta matéria.





Desde tempos remotos, a mostarda tem sido colocada ao lado não só de carnes vermelhas, mas brancas, aves de criação e outros tipos. O sabor amargo, ao que aponta a história, é típico da era renascentista. Mas saiba, a produção só foi industrializada em 1836 por Enea Sperlari. Aliás, ao que aponta este blog, Enea não só desenvolveu a mostarda de frutas, como também o torrone e uma marca que perdura com sucesso e tradição até hoje.

A Mostarda di Cremona, assim como outros tipos de mostardas italianas é considerada uma Mostarda di frutti. Tradicionalmente, é feita em casa entre o fim do verão e durante o outono. Frutas e vegetais sazonais e regionais são os mais utilizados: de maçãs, peras, cerejas e damascos frescos, a pêssegos, tangerinas, limão, laranja ou somente as cascas de cítricos, abacaxi e ameixas, melancia, e porque não, abóbora e melancia? Não há outro universo que não e somente o agridoce onde as mais inusitadas misturas são totalmente possíveis e viciantes.

Pode ser servida com: peixes (como salmão), como uma espécie de pickles acompanhando porco, salsichas ou lentinha; com purê de batatas, carnes frias (como rosbife ou carpaccio), queijos (especialmente, pecorino, roquefort e gorgonzola). Ela pode ser picada e adicionada a purê de abobora no recheio de raviólis; pode também ser processada, em purê. Enfim, há outros tipos de Mostarda di frutta, como Mostarda di Mantova - feita com maçãs, Mostarda di Milano - frutas cítricas e cereja ou a Mostarda di Cremona Agrumi - feita com frutas cítricas inteiras. Você que é brasileiríssimo(a), invente a sua e venha ao palatável contar!



Aqui a receita original, em inglês


Ingredients

2 small pears, peeled
2 plums, pitted
2 apricots, pitted
2 fresh figs, halved
300 g cherries, pitted
2 cups sugar
1/2 lemon, juice of
1/2 cup dry white wine
1 1/4 cups honey
1/2 cup mustard powder (ideally use Coleman's English mustard)

Directions

1 - Put the pears, plums, apricots, figs and cherries in a saucepan and add water just to cover.
2 - Add the sugar and lemon juice, stir and bring to a boil.
3 - Reduce the flame and cook over a low flame for 10 minutes.
4 - Drain the fruits, reserving the syrup.
5 - Distribute the fruits on a baking pan and place in an oven that has been heated to 120 degree Celsius just until the fruits are dry (about 30 minutes).
6 - Pour the wine into a saucepan and add the honey and reserved syrup, stirring well.
7 - Bring to a boil and boil over a moderate flame for about 5 minutes.
8 - Add the mustard, mix well and remove from the heat.
9 - Put the fruit into sterilized jars and pour the syrup over to barely cover.
10 - When completely cool, seal carefully and store in a cool, dry place.
11 - (May be stored for up to 6 months in completely sterile jars. Once the jars are opened, refrigerate).


E agora a tradução

Ingredientes

Pêra pequena (2) – descascar e retirar caroço
Ameixa (2) – retirar o caroço e a casca
Damasco fresco (2) – retirar o caroço e casca. Pode substituir por nectarina amarela
Figo fresco (2) – cortar ao meio
Cereja fresca (300g) – retirar o caroço
Açúcar refinado (2 xíc.)
Limão (1/2) – retirar o suco
Vinho branco seco (1/2 xíc.) – use um entre R$ 15 e 25.
Mel (1 ¼ xic.)
Mostarda em pó (1/2 xíc.) – o ideal é usar a Colleman’s English, amarela


Modo de fazer

1 – Pré aqueça seu forno em 120ºC. Enquanto isso, esterilize um pote de vidro e sua tampa: água fervente, espere esfriar para não rachar o vidro, água gelada e boca pra baixo escorrendo. Use um secador para ajudar, mas jamais um pano ou papel!

2 – Coloque todas as frutas já preparadas numa panela e adicione água o suficiente para cobri-las

3 – Adicione o açúcar e o suco de limão, mexa e deixe ferver. Não mexa demais. Queremos que as frutas fiquem inteiras com um efeito glaçeado

4 – Reduza e agora cozinhe em fogo baixo por mais 10min

5 – Passe as frutas por um coador, reserve o xarope. Seria legal usar um chinois n esta etapa para a finalização do seu produto

6 – Distribua as frutas bem separadas numa fôrma e leve-as ao forno já pré-aquecido por 30min, o suficiente para que as frutas sequem

7 – Num panela pequena, coloque o vinho branco, o mel e o xarope de frutas reservado. Cozinhe esta mistura em fogo médio por mais 5 minutos

8 – Adicione a mostarda em pó, mexa bem e desligue o fogo

9 – Coloque as frutas com muito cuidado no pote esterilizado e sobre elas despeje o xarope, cobrindo-as male mal

10 – Deixe esfriar com a tampa aberta. Somente então tampe. Não deixe criar gotas de água no interior do pote, isso diminui sua validade!

11 – Estoque num lugar escuro e frio, como o fundo de um armário ou seu porão

12 – Lacrada, a Mostarda di Cremona pode ser armazenada por até 6 meses. Uma vez aberta, deve ser mantida refrigerada.



Acompanhando um queijinho




Espero que gostem e beijão a todos que nos acompanham!


Related Posts with Thumbnails

Canal Cozinha   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

TOP